Apesar de se dizer patriota e ter como lema o “Brasil acima de tudo”, nunca foi segredo que Jair Bolsonaro se curva aos interesses do capital financeiro, sobretudo ao que manda os EUA. Mas sua política neoliberal e entreguista, além de colocar em risco a soberania nacional, não tem o aval da maioria da população brasileira.
Dois dos temas mais frequentes no discurso do militar atendem justamente a cartilha do neoliberalismo: privatizações e retirada de direitos trabalhistas. Práticas rejeitadas por, respectivamente, 60% e 57% dos brasileiros, segundo pesquisa divulgada neste sábado (5) pelo Datafolha.
Sobre as privatizações, não custa lembrar o que disse o então candidato do PSL sobre o tema: “Quem é funcionário da Caixa, do Banco do Brasil, do setor elétrico, do setor energético… Pode [sic] ficar tranquilos”, afirmou à TV Aparecida em outubro.
Para variar, Bolsonaro não cumpriu com a palavra e pretende levar a proposta de seu guru Paulo Guedes às últimas consequências: o ministro espera entregar 30% dos ativos das empresas públicas ainda em 2019. Esse montante equivale a R$240 bilhões em riquezas estratégicas para o país.
O descaso com a opinião pública e o que deseja a maioria da população também vale quando o assunto são leis trabalhistas. Embora mais da metade dos brasileiros seja contra mudanças na CLT, Bolsonaro insiste que o único jeito de gerar emprego é retirando direitos.
“O que queremos é destravar a economia. Esse é o caminho. Os empresários têm dito para mim que nós temos que decidir: ou todos os direitos e desemprego ou menos direitos e emprego”, afirmou o radical antes de assumir o cargo. Em seu segundo dia de governo, Bolsonaro baixou o valor do salário mínimo. O futuro do trabalhador segue ameaçado.
Da Redação da Agência PT de Notícias