O Desgoverno de Bolsonaro quer aprovar diversas reformas que afetarão principalmente a vida das/os jovens. O impacto dessas reformas pode agravar o cenário de incertezas e desigualdade que a juventude enfrenta.
A reforma trabalhista, aprovada no governo golpista de Michel Temer, flexibiliza os contratos, sob a falsa narrativa da possibilidade de “acordos” entre patrões e trabalhadoras/es, retira garantias e proteções fundamentais, quadro que se piora ainda mais entre a juventude negra e as mulheres, parcelas sociais historicamente discriminadas e marginalizadas.
Outro exemplo do atraso que representa o governo Bolsonaro é pacote anticrime do atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, algoz de nosso eterno presidente Lula. Este pacote é um ataque feroz à população periférica, que é a mais vulnerável a situações de violência, portanto a que mais necessita da presença do Estado em políticas públicas.
Destaco aqui a violência de Estado contra a juventude negra, as mortes em hospitais em virtude de atendimento precário, as violências sofridas cotidianamente pelas mulheres brasileiras, os ataques à população LGBTI, à população indígena, aos movimentos sociais. Quando a vida está sob constante ameaça, a primeira preocupação é pela sobrevivência.
As manifestações de maio apontaram o que o movimento estudantil destaca há muito tempo: a política tem que tomar uma dinâmica diferente, pois é preciso dinamizar cada vez mais o acesso da/o jovem à política: desde a escrita até a sua metodologia organizacional.
A greve geral do dia 14 de junho foi mais uma prova de que a juventude está na rua lutando pelo direito de todas/os, estamos no combate à Reforma da Previdência, que tira todas as expectativas da juventude se aposentar, contra os cortes na educação, contra a flexibilização da posse de armas de fogo no país e tantos outros retrocessos.
Nossa juventude também levanta a bandeira Lula Livre pelas ruas de todo país, organizando festivais, atos, aulas públicas, faixaços, Lulaços e tantas outras atividades pela liberdade imediata de Lula.
A verdade é que Bolsonaro lidera um governo inimigo do povo brasileiro e da América Latina. Está nítido que as políticas oriundas de seu governo são marcadas pela misoginia, sexismo, racismo, LGBTfobia. Seus aliados querem que Brasil volte a ser um quintal para os norte-americanos e o capital estrangeiro, entregando nossas riquezas naturais e destruindo as relações internacionais que os governos petistas de criaram.
Precisamos de estudantes e trabalhadores/as unidos/as na luta contra Bolsonaro e seus ataques, seguindo os exemplos das grandes manifestações dos dias 15 e 30 de maio e da vitoriosa greve geral do dia 14 de junho.
Vamos juntas e juntos!
Denise Soares
Diretora de Mulheres da UNE