No Dia Mundial da Internet Segura, comemorado na última terça-feira (5), a SaferNet Brasil divulgou que de acordo com as denúncias recebidas pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos houve um aumento de 109,95% no número de denúncias de crimes cibernéticos no ano de 2018, segundo noticiou o Uol. A maior alta foi de crimes contra mulheres.
O ano de 2018 foi conturbado pelo clima de eleição eleitoral, com a candidatura de Jair Bolsonaro, que diversas vezes fez manifestações de ódio e instigou discursos e ações de violência contra parcelas da população. Nesse ano, os crimes mais denunciados foram pornografia infantil (60.002), conteúdos de apologia e incitação à violência e crimes contra a vida (27.716), violência contra mulheres ou misoginia (16.717), esse último foi o que teve a maior alta, com um crescimento de 1.639,54% de denúncias.
Ao todo, foram 133.732 queixas de crimes em 2018, um número consideravelmente maior que em 2017, quando foram registrados 63.698 denúncias.
O canal de denúncias é um projeto da SaferNet Brasil em conjunto com o Ministério Público Federal. As denúncias são feitas online de forma anônima.
Confira a lista completa do relatório
1 – Pornografia Infantil – 60.002 denúncias (alta de 79,58%)
2 – Apologia e incitação a crimes contra a vida – 27.716 (alta de 154,46%)
3 – Violência contra mulheres/misoginia – 16.717 (alta de 1.639,54%)
4 – Xenofobia (principalmente contra nordestinos) – 9.705 (alta de 567,93%)
5 – Racismo – 8.337 (alta de 37,71%)
6 – LGBTfobia – 4.244 (alta de 59,13%)
7 – Neonazismo – 4.244 (alta de 51,70%)
8 – Maus tratos contra animais – 1.142 (queda de 76,98%)
9 – Intolerância religiosa – 1.084 (queda de 27,83%)
10 – Tráfico de pessoas – 509 (queda de 14,45%)
Fake news
Um outro estudo divulgado no Dia Mundial da Internet Segura, feito pela Microsoft e divulgado pelo Uol, mostrou que brasileiros e brasileiras são mais propensos a receber notícias falsas online. Dos entrevistados, 73% disseram já ter se deparado com alguma fake news. A média global é de 57%.
Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações do Uol.