Depois de sofrer uma grande derrota no Conselho de Ética, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve um novo revés nesta terça-feira (14). A Justiça Federal do Paraná decretou, no mesmo dia, a quebra do sigilo fiscal do deputado afastado e bloqueou bens de empresas ligadas aos cinco alvos da ação.
A decisão também decretou a indisponibilidade dos bens do presidente afastado da Câmara dos Deputados, da jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, esposa de Cunha, e outras três pessoas.
A indisponibilidade dos bens de Cunha foi motivada por ação que investiga a compra de direitos de exploração de poços de petróleo pela Petrobras em 2011. Na negociação, o deputado afastado teria recebido propina no valor de US$ 1,5 milhão.
Em votação realizada na tarde desta terça-feira (14), no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, os parlamentares deram 11 votos a favor da cassação e 9 votos contrários à cassação do deputado.
O processo agora segue para o plenário da Casa para que todos os deputados se manifestem sobre a cassação do mandato de Cunha, em sessão a ser realizada com voto nominal (aberto). Serão necessários 257 votos para a perda de mandato. O deputado está suspenso da presidência da Câmara e do mandato por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Réu no STF
Cunha responde no STF pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro sob a acusação de integrar o esquema de corrupção da Petrobras. Ele é acusado de receber US$ 5 milhões em propina de contratos de navios-sonda da estatal.
O deputado foi denunciado ainda em outros três casos que estão em análise pelo STF, sob a relatoria também de Zavascki. As investigações apuram se Cunha recebeu propina da Petrobras e se usou o mandato para supostas práticas criminosas, na direção do que decidiu o STF nesta quinta-feira (5).
Da Redação da Agência PT de Notícias