O deputado estadual Jorge Pozzobom (PSDB-RS) afirmou recentemente que não correria o risco de ser preso no Brasil por não pertencer ao Partido dos Trabalhadores (PT). A declaração, publicada no Twitter do parlamentar no sábado (14), foi antecedida por outra acusação. Segundo ele, caso alguém delatasse uma suposta relação de petistas na lista do caso HSBC, seria morto, assim como o ex-prefeito Celso Daniel.
Graves, as declarações foram reprendidas por internautas e o deputado foi alertado sobre o crime de calúnia que cometera. Pozzobom não voltou atrás e, então, afirmou que não seria punido por não ser petista. “Me processa. Eu entro no Poder judiciário e, por não ser petista, não corro o risco de ser preso”, publicou.
Procurado, o deputado preferiu não se manifestar sobre o assunto, mas confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, a autoria das declarações.
Para o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) , o tucano expõe não apenas a si e o PSDB, colocando-se acima da lei, mas também o poder Judiciário, como se nele encontrasse abrigo sob quaisquer circunstâncias por pertencer a um determinado partido que não o PT.
Fontana classificou a declaração de Pozzobom como “fascista”, “inaceitável” e demonstra intolerância semelhante às ações nazistas contra os judeus. “O PT é um partido que tem história e militantes honrados”, ressaltou Fontana.
Segundo ele, se alguém do PT, assim como já aconteceu com lideranças filiadas em outros partidos, tiver cometido alguma ilegalidade, essa pessoa deve ser julgada e punida individualmente.
“Eu sou do PT e me orgulho disso, assim como milhões de outros simpatizantes e líderes”, destacou Fontana.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias