O deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) deu o 342ª voto em favor da impeachment de Dilma Rousseff, decisivo para o prosseguimento do processo contra a presidenta. O detalhe é que, de acordo com reportagem do Estadão, Araújo teve o nome citado na lista de pagamentos feitos pela Odebrecht, relevada após busca e apreensão da Operação Lava Jato em março deste ano. A citação do nome do tucano é referente às campanhas eleitorais de 2010 e 2012.
“Quanta honra o destino me reservou de poder, da minha voz, sair o grito de esperança de milhões de brasileiros. Senhoras e senhores, Pernambuco nunca faltou ao Brasil. Carrego comigo nossas histórias de luta pela liberdade e pela democracia. Por isso, digo ao Brasil, sim, pelo futuro”, declarou o deputado, que é do grupo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado por Dilma nas últimas eleições.
Essas e outras “ironias” fizeram com que a votação do processo de impeachment da presidenta Dilma virasse motivo de chacota na imprensa internacional. O jornal norte-americano The Economist publicou, nesta segunda-feira (18), que quase nenhum dos deputados federais em favor do impeachment usou o suposto crime de responsabilidade como razão para o voto.
Além disso, as publicações também criticaram as argumentações utilizadas pelos parlamentares nos votos. Entre as justificativas daqueles que votaram a favor do processo de impeachment contra a presidenta, houve quem falou sobre Jerusalém ou até mesmo aqueles que clamaram para que as crianças “não troquem de sexo com seis anos”. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), por exemplo, “homenageou” o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, conhecido por ser um dos torturadores mais violentos da ditadura militar
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Estadão