Dos 42 deputados que votaram a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171/93, que pretende reduzir a maioridade penal no Brasil, 25 são investigados ou respondem por algum processo na Justiça, segundo blog do jornalista Douglas Belchior, da revista Carta Capital.
A mudança na lei que define a idade mínima para responsabilização criminal de jovens de 18 para 16 anos foi aprovada por ampla maioria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, na semana passada. O texto segue para votação em Plenário.
Membro da bancada evangélica, o deputado e pastor Paulo Freire (PR), compõe a frente pela redução da maioridade penal na Câmara. O parlamentar é um dos investigados por fazer parte da máfia do asfalto, suspeita de vender emendas parlamentares para liberação de verbas a uma construtora. Segundo documentos divulgados pela Polícia Federal, Freire teria recebido R$ 145 mil do esquema.
Eleito este ano para ser o vice-presidente da CCJ, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) tem seu nome citado na lista da Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento no esquema de corrupção deflagrado pela Operação Lava Jato. O deputado é investigado por formação de quadrilha para prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Acusado por uma ex-funcionária de ficar com parte do salário dela entre 2004 e 2008, o presidente da bancada evangélica, João Campos (PSDB) também é investigado pelo Ministério Público.
Outro parlamentar na mira da Justiça é Valdir Rossoni (PSDB), que responde a processo pela contratação de 13 funcionários fantasmas em seu gabinete, que teria recebido sem precisar trabalhar.
Outros dois votos a favor da PEC 171, os deputados José Carlos Aleluia (DEM) e Lincoln Portela (PR) têm os nomes envolvidos no escândalo da Máfia das Ambulância, deflagrada na Operação Sanguessugas, de 2006.
Da Redação da Agência PT de Notícias