Partido dos Trabalhadores

Deputados do PT em Minas Gerais cobram ação de Janot contra Aécio

Em acareação com Paulo Roberto Costa, na CPI da Petrobras, Yousseff confirma denúncias do falecido deputado Pedro Correia (PP) sobre propinas de Furnas

Os deputados Padre João (PT-MG) e Rogério Correa (estadual) cobraram do procurador geral da República, Rodrigo Janot, um posicionamento oficial sobre o pedido de abertura de processo contra o senador Aécio Neves pelas denúncias do doleiro Alberto Yousseff sobre a Lista de Furnas.

No pedido, protocolado na PGR no dia 18 de agosto, os parlamentares solicitam ainda esclarecimentos sobre o resultado do grupo de trabalho (GT) criado em abril de 2014. O grupo foi formado por Janot para auxiliá-lo no exame dos desdobramentos da força tarefa criada duas semanas antes com o objetivo de investigar fatos incluídos no processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso.

O prazo para apresentação de resultados pelo GT era de seis meses, conforme Portaria nº 3 (PGR/MPU), assinada por Janot para criar o grupo. O prazo terminou em novembro.

Os deputados Padre João, Correa e o colega Adelmo Leão (este federal), ambos também do PT-MG, protocolaram em 19 de março o pedido de apuração das denúncias contra o político tucano. Agora, os parlamentares decidiram insistir com Janot para que explicite o resultado e qual encaminhamento deu ou pretende dar às denúncias contra o tucanato.

Dossiê – No pedido, os parlamentares petistas incluíram um dossiê sobre a Lista de Furnas e o pagamento de quase R$ 40 milhões a Aécio e tucanos, como José Serra e Geraldo Alckmin, pouco antes das eleições de 2002. Na ocasião, os três eram candidatos do PSDB por seus estados; Aécio e Alckmin ao governos de MG e SP, respectivamente, e, Serra, à Presidência.

Entre os materiais que foram entregues a Janot em março, os três também incluíram cópia da documentação sobre a delação premiada em que Yousseff relata a conversa em que o então deputado Pedro Correia (PP) lhe detalha participação de Aécio no esquema de propina da estatal do setor elétrico, subsidiária da Eletrobrás.

“Com a confirmação da denúncia de Yousseff (sobre a Lista de Furnas) na acareação com Paulo Roberto Costa de ontem (dia 25, terça-feira), achamos ser uma boa hora de Janot se pronunciar sobre o caso”, afirmou nesta quarta-feira (26) à Agência PT de Notícias o deputado Padre João.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias