Os deputados Padre João (PT-MG) e Rogério Correa (estadual) cobraram do procurador geral da República, Rodrigo Janot, um posicionamento oficial sobre o pedido de abertura de processo contra o senador Aécio Neves pelas denúncias do doleiro Alberto Yousseff sobre a Lista de Furnas.
No pedido, protocolado na PGR no dia 18 de agosto, os parlamentares solicitam ainda esclarecimentos sobre o resultado do grupo de trabalho (GT) criado em abril de 2014. O grupo foi formado por Janot para auxiliá-lo no exame dos desdobramentos da força tarefa criada duas semanas antes com o objetivo de investigar fatos incluídos no processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso.
O prazo para apresentação de resultados pelo GT era de seis meses, conforme Portaria nº 3 (PGR/MPU), assinada por Janot para criar o grupo. O prazo terminou em novembro.
Os deputados Padre João, Correa e o colega Adelmo Leão (este federal), ambos também do PT-MG, protocolaram em 19 de março o pedido de apuração das denúncias contra o político tucano. Agora, os parlamentares decidiram insistir com Janot para que explicite o resultado e qual encaminhamento deu ou pretende dar às denúncias contra o tucanato.
Dossiê – No pedido, os parlamentares petistas incluíram um dossiê sobre a Lista de Furnas e o pagamento de quase R$ 40 milhões a Aécio e tucanos, como José Serra e Geraldo Alckmin, pouco antes das eleições de 2002. Na ocasião, os três eram candidatos do PSDB por seus estados; Aécio e Alckmin ao governos de MG e SP, respectivamente, e, Serra, à Presidência.
Entre os materiais que foram entregues a Janot em março, os três também incluíram cópia da documentação sobre a delação premiada em que Yousseff relata a conversa em que o então deputado Pedro Correia (PP) lhe detalha participação de Aécio no esquema de propina da estatal do setor elétrico, subsidiária da Eletrobrás.
“Com a confirmação da denúncia de Yousseff (sobre a Lista de Furnas) na acareação com Paulo Roberto Costa de ontem (dia 25, terça-feira), achamos ser uma boa hora de Janot se pronunciar sobre o caso”, afirmou nesta quarta-feira (26) à Agência PT de Notícias o deputado Padre João.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias