Partido dos Trabalhadores

Deputados pedem investigação sobre ataques contra petistas em velório

Enquanto familiares e amigos se despediam de José Eduardo Dutra, em Belo Horizonte, manifestantes atiraram objetos e panfletos que diziam “petista bom é petista morto”

Foto: Reprodução/Twitter

O Ministério Público de Minas Gerais foi instigado, nesta segunda-feira (5), a apurar e responsabilizar as pessoas que fizeram ataques contra petistas que compareceram ao velório do ex-senador, ex-presidente do PT e da Petrobras, José Eduardo Dutra.

O pedido foi feito por uma comissão formada pela presidente do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais, Cida de Jesus, os deputados estaduais Durval Ângelo, Rogério Correia e Cristiano Silveira. Eles se encontraram, na tarde de segunda, com promotor Eduardo Nepomuceno para entregar uma representação contra manifestantes que fizeram provocações e críticas aos que estavam presentes no funeral.

O corpo de Eduardo Dutra foi enterrado por volta das 13 horas, em Belo Horizonte. Segundo a assessoria do deputado Rogério Correia, o “grupo de fascistas” invadiu o local do velório em atitude de provocação aos petistas e sem o menor respeito com os familiares dos mortos.

O incidente resultou em reações em cadeia dos parlamentares mineiros. O bloco governista, que apoia o governador petista Fernando Pimentel, com 32 deputados estaduais, se reuniu durante a tarde para discutir e aprovar estratégias de reação contra o grupo, que também atacou deputadas do PT com xingamentos de baixo calão.

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do parlamentar, o promotor é especializado na apuração de crimes de agentes públicos, mas aceitou encaminhar os pedidos de abertura de apuração para a instância criminal do Ministério Público de Minas.

Durante o encontro com o promotor Eduardo Nepomuceno, os deputados cobraram a apuração de denúncias do uso irregular de aeronaves oficiais do estado em mais de 120 voos particulares do senador Aécio Neves, entre 2003 e 2010, enquanto governador de Minas Gerais.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias