O governo Lula já garantiu os recursos que vão ajudar cerca de 37 milhões de brasileiras e brasileiros a se livrar de suas dívidas e ficar com o nome limpo.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o programa Desenrola Brasil, pensado justamente para esse fim, contará com R$ 10 bilhões, que serão usados para garantir a renegociação de R$ 50 bilhões em dívidas.
O Desenrola Brasil foi pensado ainda no ano passado pelo presidente Lula, inconformado com a situação na qual o governo de Jair Bolsonaro deixou as famílias brasileiras: quase 80% delas ficaram endividadas, com situação mais grave nos lares chefiados por mulheres.
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Com o começo do ano, quando os gastos crescem por conta de impostos como o IPVA e a compra de material escolar, por exemplo, a situação das famílias tende a se agravar.
Dados divulgados nesta semana pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que a taxa de famílias endividadas cresceu 0,3 ponto percentual entre janeiro e fevereiro, chegando a 78,3%.
Renda menor, desconto maior
O Desenrola Brasil vai ajudar essas famílias permitindo que elas renegociem suas dívidas, deixando-as de um tamanho que não prejudique o orçamento. Qualquer pessoa endividada poderá recorrer ao programa. Mas quanto menor for a renda da família, maior será o desconto que ela terá para pagar o que deve.
Porém, como se trata de um programa inédito, nunca feito no Brasil, a iniciativa exige a criação de um software específico, que já está sendo desenvolvido. “Assim que estiver pronto, a gente lança o programa”, anunciou Haddad na quinta-feira (9).
Economia reaquecida
Além de ajudar as famílias a sair do sufoco, o Desenrola Brasil deve ajudar na recuperação econômica do país. Afinal, quando estão endividadas, as pessoas deixam de comprar, prejudicando as vendas no comércio e toda a cadeia produtiva.
No último dia 28, ao afirmar que o programa está perto de ser lançado, o presidente Lula disse que o objetivo é “fazer com que as pessoas se livrem da dívida e possam voltar outra vez a ser cidadãos plenos, com direito a comprar, com direito a fazer crédito outra vez”.
“Nós precisamos libertar esses brasileiros do arrocho do crédito para que eles possam voltar a ser cidadãos e comprar as coisas”, completou.
Da Redação