Milhares de pessoas atenderam ao chamado da CUT e de movimentos sociais para saírem às ruas no dia 13 de março e defender a normalidade democrática, o resultado soberano das urnas nas últimas eleições e a defesa da Petrobrás. Em comum no discurso dos manifestantes estava o respeito ao desejo da maioria, expresso nas urnas nas eleições presidenciais. Foi rechaçado qualquer tentativa de destituir a presidenta Dilma Rousseff de seu cargo.
Em relação à corrupção, o povo deixou claro que foi a independência dada pela presidenta aos órgãos de investigação brasileiros que tornou possível identificar o esquema de corrupção que vinha assolando a Petrobrás há quase vinte anos.
A deputada federal pelo PT-DF, Érika Kokay, fez questão de enfatizar que “somos nós quem estamos na rua enfrentando a corrupção. Somos nós quem estamos repartindo o Brasil, que estamos eliminando a desigualdade social”. Segundo ela, a oposição faz uso de “máscaras” em função da incapacidade de defender o projeto que fez do Brasil o país “do desemprego estrutural, dos salários congelados e submisso ao FMI”.
Diversos movimentos sociais também se fizeram presentes nos atos pelo Brasil. Entidades ligadas aos trabalhadores e outros segmentos sociais aproveitaram a ocasião para defenderem suas bandeiras. Integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores, Marciano da Silva lembrou da importância da agricultura familiar na oferta de alimentos para as famílias brasileiras. “Estamos aqui manifestando nosso apoio ao estado democrático, a não privatização da Petrobrás e à valorização do trabalho do pequeno agricultor”, disse.Trabalhadores de diferentes categorias compareceram aos atos. O Servidor Público Allan Nuno estava com a esposa na rodoviária de Brasilia, no Distrito Federal, e disse que a motivação do casal era a defesa da democracia e “o voto do povo que em outubro do ano passado elegeu Dilma Presidenta”. Para ele, “as instituições do País funcionam bem” e não podemos aceitar nenhuma tentativa de instabilização institucional ou “qualquer coisa que lembre o golpe”.
Nas redes sociais, muitas pessoas usaram a hashtag #Dia13DiaDeLuta para manifestar apoio aos presentes pelos atos ao redor do País. Ao final da tarde, a tag era trending topic no Twitter, evidenciando que os protestos dominaram boa parte dos assuntos do microblog.O relato dos internautas deixa claro que a tentativa de alterar o resultado das urnas por vias antidemocráticas não será fácil. Militantes do Partido dos Trabalhadores, bem como cidadãos sem preferências partidárias, deixaram claro que tão importante quando defender uma presidenta eleita legitimamente com os votos das urnas, também se faz fundamental proteger a jovem democracia das forças ocultas que, no passado, atentaram outras vezes contra a soberania popular.
Por Renato Cortez, da Agência PT de Notícias