Com uma agenda de mobilizações em capitais de todo o país e no ABC paulista, e o slogan “Mais que comemoração, um dia de luta”, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) informa que ocupará as ruas do Brasil neste 1º de Maio em busca de mais direitos e conquistas para a classe trabalhadora.
A manifestação tem o apoio de 25 instituições vinculadas a movimentos sociais de trabalhadores, mulheres, agricultores, negros, estudantes, professores, sem-terras e sem-moradia, entre outros segmentos.
“As principais bandeiras que marcam o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora de 2015 são a defesa dos direitos da classe, da democracia, da Petrobras e da reforma política – pelo fim do financiamento empresarial de campanhas eleitorais”, informa a central em nota.
No principal evento da agenda, marcado para a cidade de São Paulo, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva ressurge não como político, mas no melhor estilo do líder trabalhador que mobilizou o país com a bandeira da ampliação dos direitos trabalhistas e da liberdade de manifestação por um país melhor.
Com essa bandeira, Lula conquistou o país, virou presidente e elevou quase 40 milhões de pessoas, até então excluídos, a condições mais dignas de sobrevivência, com emprego, renda e acesso ilimitado a bens e serviços nunca atingidos em 500 anos de história.
Para reforçar o caráter predominantemente voltado às reivindicações por manutenção dos direitos e condições de trabalho, as siglas partidárias ganharam citação apenas discreta no material de divulgação e convocação às manifestações. Esse material foi distribuído pela CUT nesses dias que antecederam a data comemorativa internacional.
“1º de Maio é um dia de luta por ampliação de direitos da classe trabalhadora e de reflexão sobre os direitos conquistados por trabalhadores de todo o mundo”, justifica nota veiculada no portal da CUT na internet.
Partidos como PT, Psol e PCdoB também engrossam a rede de instituições que apoiam os eventos nacionais do dia, mas as centrais que lideram os eventos – CUT, CMP e CTB – fizeram questão de lançar sobre o trabalhador o crédito de principal protagonista do evento.
Terceirização – Três marchas de protesto contra o projeto de lei que terceiriza a mão-de-obra (PL 4330) pretendem invocar a atenção da população contra o pior dos riscos enfrentado pelas categorias profissionais: o de perder direitos conquistados em sessenta anos de história, desde Getúlio Vargas até o início deste século.
A partir das 9h desta sexta-feira, as manifestações vão ter início em diferentes pontos da cidade. Na Luz, vão se encontrar os trabalhadores da CUT, MST, PT, MTST; na Praça da República/Largo do Arouche, se reunirão a CTB, PCdoB, CMP e o PCO; e, no Pátio do Colégio, bancários, FAF e químicos de São Paulo
Com três frentes distintas de marcha, as concentrações seguirão até o Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo. É lá que a programação do dia de luta terá início, segundo informe da CUT. Será aberta com ato ecumênico seguido de ato político-cultural, previstos para começar às 10h. O evento será transmitido ao vivo por meio do portal da CUT na web.
Às 11h30, os presidentes da CUT, Vagner Freitas; da CTB, Adilson Araújo; e da Intersindical, Índio, concederão entrevista coletiva no Vale do Anhangabaú. A pauta da coletiva é ato unificado do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Contra o PL da Terceirização. Eles falarão sobre os próximos passo da luta contra o projeto de lei.
Quadro/Arte
Entidades do 1º de Maio de luta
CUT – Central Única dos Trabalhadores
CMP – Central dos Movimentos Populares
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
MTST –Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
CONAM – Confederação Nacional de Associações de Moradores
FETRAF – Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
UNE – União Nacional Dos Estudantes
MMM – Marcha Mundial das Mulheres
CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras
Consulta Popular
FDE – Fora do Eixo/Mídia Ninja
FLM – Frente de Luta por Moradia
FNDC – Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Intersindical CCP
Juventude Revolução
Levante Popular da Juventude
MAB – Movimento dos Atingidos Por Barragens
MPA – Movimento Pequenos Agricultores
Plataforma Operaria Camponesa da Energia
Plebiscito Constituinte
UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
UBM – União Brasileira de Mulheres
UNEGRO – União de Negros pela Igualdade
UNMP – União Nacional por Moradia Popular
Centro de Estudos da Mídia Alternativa “Barão de Itararé”
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias