O Dia Nacional em Defesa da Democracia, da Petrobras e contra o Ajuste Fiscal movimenta mais de 20 estados e o Distrito Federal, neste sábado (3).
Organizados pela Frente Brasil Popular, os atos contam com a adesão de centrais sindicais, movimentos sociais e populares, entre eles, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e União Nacional dos Estudantes (UNE).
Participam também movimentos populares Central de Movimentos Populares (CMP), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conan) e Conselho de Entidades Negras (Conem).
“Queremos tomar as ruas do Brasil inteiro em defesa da Petrobras, em defesa da democracia, contra o golpismo, contra a política econômica e pelas reformas de base que sempre propusemos”, ressaltou o presidente da CUT, Vagner Freitas.
O ato também marca o aniversário de 62 anos da estatal, com manifesto contra as investidas de parte da oposição que quer tirar a exclusividade da empresa, tornar inoperante o regime de partilha e restabelecer o regime de concessões.
Além da defesa da Petrobras, os manifestantes exigem mudanças na política econômica, com medidas que garantam a retomada do crescimento, com distribuição de renda e empregos. Os atos condenam também a agenda golpista da direita.
No Rio de Janeiro, a manifestação reuniu cerca de 800 pessoas, na Praça da Candelária, nesta sexta-feira (2). A Federação Única dos Petroleitos (FUP) e os sindicatos de petroleiros do estado marcaram presença no ato, com faixas e cartazes em defesa da Petrobras e das riquezas da companhia em benefício do povo brasileiro.
Os manifestantes também condenaram as tentativas de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e as campanhas de ódio de classe e intolerância.
Em Porto Alegre (RS), manifestantes ligados à centrais sindicais movimentaram o centro da capital gaúcha, na manhã deste sábado. O ato também lembrou os 62 anos da estatal.
Uma caminhada foi realizada entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Praça da Alfândega, com a presença da CUT, CTB e outras entidades do setor.
A Região Metropolitana de João Pessoa (PB), também aderiu aos atos deste sábado. Na cidade de Cabedelo, cerca de 500 manifestantes realizaram um protesto em defesa da Petrobras e da democracia, na manhã de hoje, de acordo com a organização.
O ato é nacional, mas a adesão da Paraíba tem um significado especial. O estado possui um porto essencial para a região, que produz uma série de recursos, e está ameaçado, segundo informou o presidente da Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB), Paulo Marcelo, ao portal “G1”.
“Não queremos deixar que o porto de Cabedelo morra, nem que a Petrobras saia daqui do estado, pois isso acarretaria prejuízos para a Paraíba”, disse.
Em Fortaleza (CE), a manifestação em defesa da Petrobras, da democracia e contra o ajuste fiscal começou por volta das 9h, na Praça da Lagoinha. O ato foi marcado pela apresentação de uma pequena peça que parodiava políticos do PSDB, como os senadores Jose Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE).
A apresentação mostrava como os tucanos atuam para tirar Dilma da Presidência para poder entregar a Petrobras aos interesses estrangeiros.
Segundo afirmo o presidente do Sindicato dos Professores (Apeoc), Anizio Melo, ao jornal “Estado de São Paulo”, os recursos dos royalties e do Fundo do Pré-Sal “estão sob ataque das empresas americanas e de setores entreguistas no Congresso Nacional”.
Em discurso, representantes das centrais pediram que a presidente Dilma Rousseff dê atenção especial para a classe trabalhadora e taxe as grandes fortunas.
De acordo com o presidente do PT Ceará, Diassis Diniz, cerca de 2 mil pessoas participaram do ato, a maioria de trabalhadores rurais vindos em caravanas do interior cearense.
Confira a programação completa.
Da Redação da Agência PT de Notícias