A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o Movimento Brasil Livre (MBL), por suposto crime de difamação contra o presidente Lula. A ação foi motivada por uma publicação na rede social X, de agosto de 2023, na qual o grupo afirmava que “Lula aprova aborto e mudança de sexo”.
O post fazia referência a uma resolução do Conselho Nacional de Saúde, aprovada no final de julho do ano passado, que sugeria a legalização do aborto e da maconha, além de reduzir para 14 anos o início da terapia hormonal para adolescentes transgênero.
O despacho continha apenas orientações e não determinações, mas o MBL aproveitou dessa resolução para agir de má fé e difundir informações falsas, afirmando que Lula defende, sim, essas pautas. Agora, precisará se explicar à justiça.
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Governo desmente MBL
O governo refuta as alegações do Movimento Brasil Livre. O posicionamento de Lula é de que a questão do aborto deve ser tratada como um problema de saúde pública. E o fato é que o presidente não adotou nenhuma medida para legalizá-lo. Sua prática, com algumas exceções, é considerada crime no país desde o Código Penal de 1940.
A investigação prosseguirá com a PF buscando ouvir Renan Santos, coordenador nacional do MBL. Porém, até o momento ele não foi localizado para prestar esclarecimentos. Nas redes sociais, o grupo afirmou ser alvo de “censura e intimidação por parte do governo federal”, esquecendo-se entretanto que a divulgação de informações falsas é crime. A deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), lembrou que agora eles “terão que prestar contas” das inverdades que publicam.
A atuação da Polícia Federal, sob pedido de Flávio Dino, reflete o empenho do governo em proteger a honra de Lula, buscando a responsabilização daqueles que mentem com o objetivo de atiçar seus seguidores, sem se preocupar com o prejuízo que trazem à imagem do presidente da República e ao Brasil.
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Da Redação