Partido dos Trabalhadores

Dilma: Aécio usou dinheiro público para fins pessoais

Em Minas, a presidenta também lembrou da nomeação do tucano, aos 25 anos, para a diretoria da CEF

Foto: Ichiro Guerra

Em Contagem, na Grande Belo Horizonte, a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, colocou o dedo na ferida do adversário, o tucano Aécio Neves. Depois de caminhar pelas ruas da cidade, a presidenta disparou: “Nunca usei mal o dinheiro público, nunca me beneficiei do meu cargo para garantir privilégio para alguém da minha família”.

Dilma se referiu ao aeroporto de Cláudio (MG), construído em uma área dentro de uma fazenda do tio-avô do candidato do PSDB. A obra, toda paga com dinheiro do contribuinte mineiro, custou cerca de R$ 14 milhões e foi concluída em 2010, último ano do mandato de Aécio como governador do estado.

A candidata do PT também comentou sobre a nomeação de Aécio, aos 25 anos, diretor da Caixa Econômica Federal, durante o governo José Sarney (1985-1990). O fato é uma contradição em si ao discurso do tucano sobre “meritocracia” no serviço público. Além de ser um caso típico de nepotismo: a nomeação de Aécio, à época, foi assinada pelo então ministro da Fazenda Francisco Neves Dornelles, primo do senador.

Dilma também questionou as promessas feitas pelo candidato do PSDB sobre investimento em saúde pública no Brasil. “Qual a credibilidade do meu adversário para dizer que vai investir em saúde se quando pode, no governo de Minas Gerais, não fez?”, perguntou a presidenta.

Ela se referiu ao termo de ajustamento de gestão feito pelo Tribunal de Contas Estadual, que relatou um déficit de R$ 7,8 bilhões em investimentos para a saúde nos governos de Aécio Neves e Antônio Anastasia, em Minas Gerais, ambos do PSDB.

Aos presentes na caminhada, Dilma se comprometeu a trabalhar em parceria com o governador eleito do estado, o petista Fernando Pimentel, para melhorar, principalmente, a situação do atendimento de saúde.

Mineira de Belo Horizonte, Dilma recordou a infância em Minas. “Eu que nasci e vivi os primeiros anos da minha vida aqui”, relembrou. “Saí daqui apenas porque fui perseguida pela polícia na época da ditadura, que muita gente aqui graças a Deus não viveu”, disse a presidenta. “Tenho compromisso com essa terra e com esse estado, e no dia 26 (de outubro), tenho certeza que daqui vai sair uma onda para o resto do Brasil e para toda Minas Gerais”.

Por Rodrigo Vasconcelos, da Agência PT de Notícias