Partido dos Trabalhadores

Ciência sem Fronteiras concederá 100 mil bolsas

Segunda etapa do programa vai levar estudantes brasileiros a 43 países, de 2015 a 2018

Dilma, durante discurso de lançamento de nova etapa do programa Ciência Sem Fronteiras

A presidenta Dilma Rousseff lançou nesta quarta-feira (25) a segunda etapa do programa Ciência Sem Fronteiras (CSF), com o anúncio de 100 mil novas vagas. Serão oferecidas bolsas de estudos em 43 diferentes países, para cursos de graduação, pós-graduação e pesquisadores.

Com o programa, o governo quer estimular o interesse pelas ciências e pela aplicação da tecnologia para ampliar as condições de desenvolver inovação tecnológica no País. “Nós estamos abrindo nossas fronteiras. Nós estamos abrindo horizonte de nossos jovens”, disse Dilma.

Segundo a presidenta, as bolsas do CSF têm uma função essencial para os estudantes. Elas oferecem contato com os processos de educação e desenvolvimento da ciência mais avançados existentes no mundo. “Os estudantes voltam para o Brasil com uma nova perspectiva e, também, com uma experiência muito significativa na relação professor-aluno”, disse.

Até o momento, mais de 83 mil estudantes brasileiros já foram beneficiados com bolsas de estudos fora do Brasil. Dessas, 91,4 % foram patrocinadas pelo governo federal e o restante pela iniciativa privada.

“Estamos permitindo que essa diferença entre o brasil e os outros países do mundo, se estreite pelo conhecimento que os alunos passam a ter”, lembrou em seu discurso.

A previsão é  a meta de 101 mil vagas ofertadas seja atingida até setembro, em 18 áreas da ciência, engenharia, tecnologia e saúde. Antes da criação do programa, apenas cinco mil alunos brasileiros se formavam com bolsas no exterior.

Fomento  –  Dilma também lançou o Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento, que pretende fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil, criando soluções às demandas econômicas e sociais do País.

Para a presidenta, as plataformas serão usadas, por exemplo, para facilitar a criação de patentes e publicação de pesquisas e artigos científicos. Somente entre 2000 e 2012, o número de artigos de pesquisadores brasileiros quadruplicou.

As plataformas do conhecimento são de iniciativa público-privada e vêm como um complemento e um avanço da política que estava sendo realizada.

Dilma lembrou a importância do interesse do setor industrial para a realização de pesquisa de inovação cientifica e tecnológica. “Todas as plataformas precisam combinar a participação de grupos de excelência em pesquisa. Se não houver um empreendedor para levar ao mercado uma nova tecnologia ou um novo processo produtivo, eles só ficarão na ideia”, frisou.

 

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias