A presidenta Dilma Rousseff cobrou, nesta quarta-feira (11), com os presidentes-executivos Vale, Murilo Ferreira, e BHP Billiton, Andrew Mackenzie, que as mineradoras assumam a responsabilidade pela tragédia em Mariana (MG).
Para Dilma, as mineradoras devem arcar com todos os custos para reconstrução das áreas atingidas pelo rompimento das barragens de rejeitos da Samarco Mineração, que é controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton.
“Nesse contato a presidente cobrou providências para reparação às famílias atingidas e solução para os impactos ambientais”, explicou o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi.
Nesta quinta-feira (12), a presidenta Dilma sobrevoa a região atingida pelo rompimento da barragem. Até o momento, oito pessoas foram mortas pela tragédia.
“Nós estamos falando de impactos que também destruíram rodovias, propriedades, aqueles que tinham suas plantações, sua agricultura como forma de subsistência, criação de animais na região, impacto ambiental, resposta imediata às famílias. Ela cobrou a responsabilidade muito firmemente”, explicou Occhi.
Além disso, a presidenta assinou, na quarta-feira, uma portaria que cria um grupo gestor de crise para acompanhar as medidas que serão implementadas pelas empresas. Farão parte da iniciativa os Ministérios da Integração Nacional, de Minas e Energia e do Meio Ambiente, além do Ministério Público, e representantes dos governos estaduais.
“Estamos fazendo um monitoramento da situação de captação de água e preparando alguns planos, que serão repassados à mineradora Samarco”, contou o ministro.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, as empresas serão punidas pelo desastre.
“Se couber a aplicação de multa por parte do órgão federal, nós aplicaremos e seremos rígidos. Vai ter punição, tem de ter a penalização brasileira restaurar ambientalmente, terá de fazer, mas teremos de entender todo o processo e não tive as informações ainda do licenciamento ambiental”, disse Teixeira.
Relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aponta que 50 milhões de metros cúbicos de lama foram liberados no ecossistema.
Da Redação da Agência PT de Notícias