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Dilma conhece fábrica onde brasileiros vão treinar tecnologias de supersônico

36 supercaças Gripen custarão cerca de R$ 21 bilhões ao país, dos quais quase R$ 1 bilhão em armamentos, que começarão a chegar ao Brasil em 2019

Presidenta Dilma Rousseff durante visita ao Instituto Real de Tecnologia (KTH). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff está em visita, na manhã desta segunda-feira (19), à fábrica dos aviões supersônicos Gripen, onde cerca de 350 engenheiros aeronáuticos brasileiros começam em breve a ser treinados para transferência da tecnologia embarcada nos 36 jatos comprados à Suécia pelo governo brasileiro.

Os jatos de combate custarão US$ 5,4 bilhões (quase R$ 21 bilhões a preços de hoje) e atingem velocidade duas vezes maior que a do som (2,4 mil quilômetros por hora).

Eles vão equipar a Força Aérea Brasileira (FAB) a partir de 2019 em substituição aos caças Mirage e F5.

O armamento para equipar os Gripen também já foi encomendado pelo Brasil ao governo israelense em 25 de agosto, por US$ 245,3 milhões (quase R$ 950 milhões), para entrega junto com os aviões.

O Senado aprovou o financiamento dias antes, no dia 5 daquele mês. O acordo assinado com a fabricante Saab e o governo sueco para aquisição da frota prevê transferência do conhecimento envolvido na fabricação e operação dos supercaças.

Isso vai permitir, no futuro, que o caça seja montado e até fabricado também no Brasil. O primeiro passo da troca de conhecimento envolveu profissionais da força aérea.

Dois pilotos brasileiros mantiveram, a partir de novembro de 2014 e por seis meses, em território sueco, intenso treinamento nos aviões, com dezenas de horas de voo ao lado de profissionais daquele país.

Eles serão responsáveis pela aprendizagem, no Brasil, dos demais colegas da FAB para pilotagem dos Gripen. A Saab desenvolve uma versão do caça especialmente para atender a encomenda brasileira, com lugar para dois pilotos. Mas apenas algumas unidades terão essa configuração.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações do portal G1