Partido dos Trabalhadores

Dilma defende lei contra autos de resistência

Presidenta fez declaração em Ato pelo Dia Nacional de Promoção da Igualdade Racial, em Minas Gerais. Para ela, a lei tem de acabar com ficção do auto de resistência.

Nova Lima - MG, 13/09/2014. Dilma Rousseff durante o ato Público com Movimentos Negros. Foto: Ichiro Guerra

A presidenta Dilma Rousseff defendeu, neste sábado (13), lei que põe fim aos autos de resistência. A medida pode ser um dos mecanismos para evitar abusos cometidos por policiais durante abordagens.

“Acredito ser fundamental que a gente faça a lei contra os autos de resistência. A lei que tem de acabar com a ficção do auto de resistência”, explicou a presidenta.

Ela explicou que a lei é uma reivindicação central do movimento negro. Para Dilma, é preciso regulamentar as condições de aplicação dos autos de resistência.

“O jovem ser morto porque resistiu é uma violência insuportável, indesejável e que nós não podemos concordar”, destacou Dilma.

A declaração foi feita durante o Ato pelo Dia Nacional de Promoção da Igualdade Racial, em Nova Lima, Minas Gerais. Ela participou do evento ao lado do candidato ao governo mineiro pelo PT, Fernando Pimentel.

O Projeto de Lei 4.471/12 altera o Código de Processo Penal e cria regras para a apuração de mortes e lesões corporais decorrentes das ações de agentes do estado, como policiais.

O auto de resistência é um mecanismo legal que autoriza a atuação contra pessoas que resistam à prisão em flagrante ou determinada por ordem judicial.

De acordo com o artigo 284, proposto pelo projeto de lei, não será permitido o emprego da força, a não ser quando for indispensável, no caso de resistência ou de tentativa de fuga.

O projeto ainda define a abertura de inquérito para apuração do caso e veta transporte de vítimas em confronto com agentes.

Além disso, o documento substitui os termos “autos de resistência” ou “resistência seguida de morte” por “lesão corporal decorrente de intervenção policial” e “morte decorrente de intervenção policial”.

Da Redação da Agência PT de Notícias