Partido dos Trabalhadores

Dilma defende reformas estruturantes para retomada do crescimento econômico

A presidenta explicou que as “reformas estruturantes” possibilitarão ao país “abrir a economia brasileira para o resto do mundo”

Bogotá - Colômbia, 09/10/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante Visita Oficial a Colômbia. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

No encerramento do Seminário Empresarial Brasil e Colômbia, nesta sexta-feira (9), a presidenta Dilma Rousseff  destacou que a economia de ambos os países enfrentam “desafios semelhantes”  e “passam pela retomada da perseguição do controle fiscal”. Neste sentido, a presidenta frisou que as “crises são muito dolorosas”, mas podem servir como estímulo para o crescimento econômico.

“Nós não podemos desperdiçá-las e isso significa construir as condições para não só retomarmos o crescimento mas, sobretudo, para conseguirmos um crescimento que seja mais robusto, mais resiliente e mais ancorado no longo prazo”, disse.

A presidenta ressaltou que as gestões do Partido dos Trabalhadores na Presidência da República evitaram que o impacto negativo da crise internacional, iniciada entre 2008 e 2009, afetasse o Brasil com aumento de desemprego e queda na renda.

“Nós diminuímos impostos, nós aumentamos a capacidade de financiamento dos nossos bancos diante da retração de crédito”, recordou.

No entanto, Dilma Rousseff frisou que agora é preciso “perseguir o reequilíbrio fiscal” e, para isso, é necessário estabelecer “reformas estruturantes”.

“Temos de aproveitar certas oportunidades para construir também reformas mais estruturantes que elevem a produtividade da nossa economia e permitam que nós saltemos de patamar. O Brasil ainda é uma economia muito fechada. Nós hoje estamos olhando uma forma de abrir a economia brasileira para o resto do mundo”.

Dilma ainda lembrou a responsabilidade que tem ao garantir que a crise econômica não prejudique as conquistas sociais.

“Diante das turbulências e das volatilidades financeiras internacionais, nós estamos mantendo o fundamento das nossas conquistas. Nós mantemos todos os programas sociais fundamentais”, afirmou.

A presidenta  defendeu a interação com os países da América do Sul, inclusive com a Aliança do Pacífico, composta por Colômbia, Peru, México e Chile.

“Mercosul e Aliança do Pacífico não só podem como devem convergir. A integração entre esses dois agrupamentos regionais só nos trará benefícios. Vai potencializar as nossas economias”, disse.

Para a presidenta, a negociação de paz promovida pela Colômbia com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) irá melhorar a economia do país vizinho.

“A Colômbia, eu acredito, terá nessa construção de paz, nessa conquista da paz, terá um extremo sucesso, um sucesso social, um sucesso como símbolo para o resto do mundo, mas um sucesso econômico”.

E, ao final do discurso, ela reforçou o convite aos colombianos para participarem dos Jogos Olímpicos em 2016.

“Quero terminar convidando todos os presentes a nos prestigiarem nos Jogos Olímpicos. A Rio 2016 pode ser um momento também em que nós possamos celebrar a paz aqui na nossa região”, disse a presidenta.

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias