Em reunião com líderes da base aliada, nesta quarta-feira (4), no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff assumiu o compromisso de manter o diálogo com os líderes e encaminhar para apreciação as proposições antes de serem apresentadas no Congresso, exceto as que tenham impacto imediato sobre a economia do País. Na ocasião, a presidenta debateu o envio da proposta sobre o reajuste na tabela do Imposto de Renda (IR) 2015.
Em dezembro de 2014, Dilma vetou a proposta aprovada no Congresso de corrigir a tabela do IR em 6,5%. O motivo, segundo o governo, são os ajustes orçamentários para o próximo exercício. O ideal para o governo é o reajuste da taxa de correção em apenas 4,5%.
“A presidenta Dilma assumiu o compromisso de que todas as medidas provisórias, projetos de lei, e até mesmo medidas do governo que não tenham necessidade de se transformar em lei serão discutidas previamente com os líderes de sua base no Congresso Nacional, a exceção daquelas que possam impactar de imediato, diretamente o mercado financeiro”, confirmou o senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado, em entrevista a jornalistas após a reunião.
Além do veto da tabela da correção do IR, outros quatro vetos podem trancar a pauta do Congresso nos próximos dias. Entre eles, os critérios de indexação dos contratos de refinanciamento da dívida entre União, Estados, Distrito Federal e municípios e a organização da Seguridade Social.
De acordo com o líder petista, a presidenta falou ainda sobre medidas que devem ser tomadas em breve e “serão bem recebidas pela sociedade”, para retomar o crescimento e a implementação de políticas socais. Entre as prioridades, estão o Plano Nacional de Estimulo à Exportação, o Programa Mais Especialidades, na área de saúde, anunciou uma nova etapa do Minha Casa, Minha Vida.
Para o ministro-chefe da Secretaria de Relações Internacionais, Pepe Vargas, há total equilíbrio entre os partidos que compõem o governo, suficiente para dar apoio à Dilma para tomar a medida de conversar com os parlamentares antes de apresentar propostas ao Congresso. Em entrevista coletiva no Planalto, o ministro considerou a reunião um ato positivo para criar “uma relação diferenciada” com os congressistas.
A presidenta e os líderes da base aliada no Senado voltam a se reunir na próxima segunda-feira (9).
Por Priscylla Damasceno, da Agência PT de Notícias