A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva lançaram, na noite de sexta-feira (01), em Montes Claros (MG), a candidatura ao Senado do empresário Josué Alencar (PMDB) ao Senado.
Josué lembrou que a maior tristeza de seu pai, José Alencar, foi não ter conseguido ir à posse de Dilma, em 2010. E exaltou o trabalho de Dilma e de Lula à frente do governo federal. “Eles apostaram na capacidade dos brasileiros e não permitiram que os efeitos da crise se abatessem sobre os mais humildes”, disse Josué. “Como empresário eu digo: sim! Queremos mais quatro anos de Dilma, sim!”.
Em seu discurso, Dilma vibrou ao falar da importância da lei que destina os royalties do petróleo para a educação. “Onde o País tem que gastar o petróleo, gente? Na educação!”, disse durante o primeiro ato de campanha em Minas Gerais, do qual participou o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o candidato ao governo do Estado, Fernando Pimentel (PT), e seu vice Toninho Andrade (PMDB).
Em seu discurso, Dilma ressaltou as obras do governo federal que mudam a vida de muitas pessoas pelo país. Para ela, o apoio e a amizade de Lula sempre foram fundamentais. “É um orgulho ter o presidente Lula como um companheiro de jornada, de caminho e de projeto”, disse.
A presidenta, candidata à reeleição, foi firme ao dizer que o país precisa continuar mudando. “Quem resolveu o primeiro problema tem condição de resolver o segundo. O que o meu governo e o do presidente Lula mostraram é que era possível mudar o Brasil. Tanto era possível que nós fizemos”, completou.
José Alencar – Lula começou seu discurso com uma homenagem ao seu amigo e vice-presidente, José de Alencar e, em seguida, relembrou como chegou ao nome de Dilma para ser sua sucessora. Ele destacou o trabalho da presidenta no Ministério de Minas e Energia, dos seus principais feitos como o Programa Luz para Todos e da regulamentação e integração do sistema energético brasileiro. “Eu via a força que essa mulher discutia a questão energética. Ela foi a companheira que me deu tranquilidade de dormir, sabendo que tinha alguém pensando no Brasil comigo, 24 horas por dia”, disse Lula.
Lula rebateu as críticas infundadas ao governo de Dilma e fez com que todos relembrassem a situação do País de 12 anos atrás. Para o ex-presidente, Dilma sabe que a inflação ainda não é a ideal, que, por ela, esta taxa seria e 3 ou 4%. “Ela queria que a inflação estivesse mais baixa, porque ela sabe que a inflação afeta, principalmente, a população de menor renda do país. Mas ela quer provar que é possível controlar a inflação sem ter desemprego e sem ter arrocho salarial”, afirmou.
Lula ressaltou que o PT tem construído um país onde todo mundo tem direito a ter o que quiser. “Se o Brasil fosse um filho meu eu teria coragem de dar para essa mulher criar. A Dilminha de 2014 a 2018 será mais extraordinária do que a de 2010 a 2014”, completou.
Minas – O candidato a vice em Minas, Toninho Andrade, ressaltou que é hora do governo assumir as rédeas do Estado. “Vamos fazer o que o governo tem que fazer. E não jogar todos os problemas para os prefeitos”.
Nas caminhadas por Minas, Fernando Pimentel disse testemunhar o crescimento econômico todos os dias. “Nestes 12 anos de governo Lula e Dilma, tudo mudou, e mudou para melhor”, disse. Pimentel afirmou que não tem um município em Minas que não tenha alguma melhoria do governo federal. Para ele, as mudanças precisam continuar. “Nós vamos continuar a obra de transformação do Brasil que o Lula começou, e que a Dilma vai continuar pelos próximos quatro anos”.
Encontro com prefeitos – Antes do ato público, Dilma, Lula, Fernando Pimentel, Toninho Andrade e Josué estiveram na reunião com os prefeitos do semiárido mineiro. Durante a reunião, Toninho Andrade falou dos investimentos do governo federal no estado e a preocupação com o volume da dívida pública que o governo atual deixará para a próxima gestão.
O ex-presidente Lula afirmou que estas eleições serão como um jogo da verdade, e que até o dia 5 de outubro o objetivo será “desafiar o adversário a dizer o que ele fez pelo Brasil”. O petista ainda avisou que Dilma irá continuar a dialogar com municípios, como sempre fez. “Lembrem do concorrente de Dilma e se perguntem quantas vezes ele, como governador, recebeu prefeito pra conversar”, ressaltou.
Dilma concordou sobre o rumo das eleições de 2014. “Nós estamos em um momento em que a verdade tem que vencer a desinformação deliberada”. Sobre os investimentos do seu governo, Dilma foi categórica: “disseram que não ia ter aeroporto. Nós aumentamos a capacidade dos aeroportos em 67 milhões [de passageiros]. E ninguém ficou com a chave desses aeroportos”, ironizou – sem citar que o aeroporto de Cláudio (MG) foi feito com recursos estaduais, mas tem sido mantido fechado e a chave, segundo denúncias, fica sob a guarda de familiares do candidato tucano Aécio Neves.
Por Alessandra Fonseca, da Agência PT de Notícias