A presidenta Dilma Rousseff inaugurou, nesta terça-feira (3), a primeira Casa da Mulher Brasileira do País. A unidade fica em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. O complexo integra o Programa Mulher: Viver sem Violência, da Secretaria de Políticas Para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR).
A casa de acolhimento sul-mato-grossense é a primeira das 27 que serão construídas no país até o final de 2016. O espaço teve investimento total de R$ 18,2 milhões do governo federal para a construção, custeio e aparelhamento. Cerca de 200 mulheres serão atendidas diariamente no local.
Durante a cerimônia, Dilma defendeu iniciativas e avanços do governo federal no combate à violência contra as mulheres. “Essa Casa da Mulher Brasileira do Mato Grosso do Sul vai ser um exemplo de funcionamento, de acolhimento, de apoio”, disse a presidenta.
No complexo, mulheres vítimas de agressão poderão acessar gratuitamente serviços como apoio psicossocial e atendimento em delegacia, promotoria e defensoria pública. As casas oferecem ainda orientações para a inserção de desempregadas no mercado de trabalho, espaço de cuidado para crianças com brinquedoteca e ônibus para locomoção de mulheres que necessitem de atendimento médico.
Para a presidenta, o novo complexo será eficaz na redução do expressivo número de casos de violência contra a mulher e estupros no estado. Dados divulgados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) apontam que a cada sete horas acontece um estupro na região.
Além disso, a cidade de Campo Grande foi responsável pelo maior número de denúncias na Central de Atendimento à Mulher – Disque 180, em 2014.
Para a ministra da SPM, Eleonora Menicucci, a inauguração da primeira Casa da Mulher Brasileira representa um dia histórico para o País. “A casa é a política pública mais ousada e mais avançada de combate à violência contra a mulher”, afirmou.
Enfrentamento – Além das Casas da Mulher Brasileira e do Disque 180, o governo federal também desenvolve outras iniciativas com foco no combate à violência contra as brasileiras.
Entre as ações estão as unidades móveis de atendimento às mulheres em florestas e no campo e também a construção dos centros de atendimento em fronteiras secas para intensificar o combate ao tráfico e a exploração sexual.
“O que nós queremos é viabilizar o ataque conjunto de todos os órgãos do estado brasileiro, da federação, das polícias, da defensoria pública, do Ministério Público, para garantir que, de fato, o estado brasileiro – não importa qual governo – tenha tolerância zero em relação a violência que se abate sobre a mulher”, defendeu Dilma.
Por Victoria Almeida, da Agência PT de Notícias