A presidenta Dilma Rousseff recebeu da Central Única dos Trabalhadores (CUT) a plataforma da classe que posiciona apoio a sua reeleição. O documento entregue nesta quinta-feira (31), em Guarulhos, representa os 24 milhões de trabalhadores filiados à entidade.
Dilma reafirmou a garantia da manutenção de políticas trabalhistas como a valorização do salário mínimo, iniciada no governo Lula. Ela relembrou o seu discurso de posse, em que declarou honrar os trabalhadores e trabalhadoras. “Isso significa reduzir as desigualdades, assegurar emprego e garantir que os direitos conquistados até hoje não sejam abandonados”, disse a presidenta.
A fala é uma crítica à política de congelamento do salário mínimo adotada pelos governos tucanos. “Não fui eleita para reduzir salário nem para desempregar trabalhador. Muito menos, para colocar o nosso país de joelhos diante de quem quer que seja”, disse em referência aos tempos de governo FHC, em que o Brasil chegou a dever mais de US$ 37 bilhões para o Fundo Monetário Internacional (FMI).
No documento da CUT, a posição adotada pela presidenta no enfrentando da crise econômica global é citada como uma das justificativas ao apoio eleitoral. “Enquanto a Europa tinha arrocho salarial e alto índice de desemprego, a Dilma deu continuidade à política de valorização do salário mínimo. Ela faz parte do nosso campo político e não queremos o retorno dos neoliberais”, justificou a secretaria nacional da CUT, Rosane Silva.
Luta contra o pessimismo – Se nas eleições que precederam o primeiro mandato de Lula, o inimigo era o medo, para Dilma, agora, é o pessimismo. A presidenta citou as expectativas negativas criadas pela mídia e oposição sobre a Copa do Mundo. Ao final do mundial, pesquisa DataFolha indicou que mais de 80% da população havia aprovado a realização do evento.
“Líderes da oposição diziam que devíamos devolver a Copa para a FIFA, porque nada daria certo. Não só deu deu certo, como foi um sucesso. Agora, vamos dar uma goleada nos pessimistas, enfrentando a crise de forma a garantir que as pessoas tenham condição de se manter por meio do trabalho”, concluiu.
Em apoio à Dilma no pleito, a CUT convocou sua militância para participar das campanhas. Para o presidente nacional da entidade, Wagner Freitas, o governo atual proporcionou não só aumento salarial como a capacidade da classe de disputar com a burguesia.
“O outro candidato está dizendo que vai acabar com a política de evolução dos salários mínimos, uma conquista do governo Lula. Não podemos ter retrocesso no Brasil”, declarou o presidente.
Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias