A presidenta Dilma Rousseff afirmou, em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo” publicada nesta segunda-feira (8), ter uma relação “independente e harmoniosa”.
“Se você for olhar, até agora não se caracterizou por dar uma derrota ao governo. Pode pautar algumas questões que nós não concordamos. Agora, isso é da democracia”, afirmou.
Ela ainda saiu em defesa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do ajuste fiscal promovido pelo governo. Para ela, o economista não pode ser transformado em “judas”.
“Não se pode fazer isso, criar um judas. Isso é mais fácil. É bem típico e uma forma errada de resolver o problema”, avaliou a presidenta.
“Temos de fazer o ajuste porque ele é que vai permitir o crescimento. A retomada começa com o ajuste e se complementa com outras medidas que vamos anunciar até agosto”, explicou Dilma.
Além disso, a presidenta voltou a dizer que é contra a redução da maioridade penal e afirmou que é preciso promover mudanças no fator previdenciário. Ela também defendeu a regulamentação da terceirização, com a manutenção da distinção entre atividade-fim e atividade-meio.
“A proposta 85/95 causa problemas para a Previdência e precisa ser alterada. A proposta de ser progressiva é viável, mas ainda estamos estudando. Tem de ter mudanças”, defendeu.
Dilma também comentou as recentes denúncias de corrupção envolvendo a Federação Internacional de Futebol (Fifa). Segundo ela, o Brasil não “precisou pagar ninguém para trazer a Copa”. A presidenta também relembrou que o evento no Brasil foi o mais lucrativo da história e defendeu as investigações e punições sobre o caso.
Em relação à Petrobras, a presidenta voltou a afirmar que a estatal ‘virou a página’. “A Petrobras tem hoje todas as condições, mas, obviamente, o mercado precisa ajudar”, avaliou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Estado de S. Paulo”