“Não somos vira-casacas. Quando você tem um lado, deve lutar por ele. Você não pode mudar de posição todos os dias. Podem te pressionar, mas você não muda. Ou você tem convicção no que diz e acredita ou não tem força para lutar e conquistar”, disparou.
A fala da presidenta faz referência à mudança de posicionamento da candidata Marina Silva sobre quest~es ligadas à comunidade LGBT. Em menos de 24 horas, após a divulgação de seu programa de governo, a candidata do PSB publicou uma errata retirando da pauta proposta para a criminalizarão da homofobia.
“Não é possível defender uma coisa de manhã e outra a tarde porque pressionaram você. Se tem alguém que é pressionado é presidente. Eles olham para a gente e acham que se fizerem cara feia, a gente cede. Se a gente ceder, você perde a cara, a alma e uma coisa muito forte que é a fé”, completou.
Dilma também destacou a importância do Pré-sal no repasse de recursos para a educação. “Para alguns, o petróleo não tem importância, mas estamos falando de uma das riquezas maiores do País. Passamos uma lei para transformar esse petróleo em saúde e educação e corremos o risco de perder isso”, alertou a presidenta.
Bancos públicos
Dilma questionou sobre a situação do País caso os bancos públicos parem de financiar programas como o Minha Casa, Minha Vida. “É possível uma família que ganha até R$1.600 pagar uma casa de R$ 60000? Se for pegar em um banco privado, vai pagar R$ 940, comprometendo quase 80% da renda”, explicou.
Reforma Política
A presidenta aproveitou a ocasião para convocar os presentes a participarem do Plebiscito Constituinte. A consulta é o primeiro passo para aferir a vontade dos brasileiros sobre a mudança do sistema político atual. “Encaminhamos uma proposta de plebiscito para o Congresso e não foi aceito, porque ninguém reforma a si mesmo. Tem que ter participação popular”, afirmou.
Lideranças femininas
Representando as parlamentares, Erica Nogueira, do PMDB Mulher, enfatizou ser motivo de orgulho ter Dilma como porta-voz das mulheres, no maior cargo do País. “Quantos anos de luta e trabalho para nos vermos representadas por uma mulher na presidência. Nós vamos nos mobilizar para fazer de Dilma a presidenta da República mais uma vez”, prometeu a parlamentar.
Lúcia Rincon, da União Brasileira de Mulheres (UBM), disse que a reeleição de Dilma é necessária para garantir a continuidade do novo ciclo de desenvolvimento e democratização do Brasil. Rincon firmou parceria com a presidenta para derrotar aqueles que não querem mais políticas públicas para as mulheres. “A sua reeleição significa a perspectiva de um Brasil melhor”, ressaltou.
Dilma encerrou o discurso alertando as mulheres sobre o cenário atual da disputa pelo Palácio do Planalto: “a gente quando encasqueta com uma coisa, vai até o fim. Encasquetem nessas eleições”.
Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias