Documentos da Polícia Federal, confiscados durante investigações da Operação Zelotes, comprometem o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), revela o jornal “Folha de S. Paulo”, em publicação neste sábado (10).
De acordo com os documentos obtidos pela reportagem, o ministro Nardes “ainda era um dos donos da empresa Planalto Soluções quando ela fechou uma parceria com uma das principais firmas de consultoria envolvidas no escândalo do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais)”.
Foi Nardes que, na quarta-feira (7), recomendou a rejeição das contas 2014 do governo Dilma Rousseff.
Segundo o jornal, a empresa de Nardes foi contratada pela SGR Consultoria, uma das principais investigadas na operação por pertencer ao ex-conselheiro do órgão recursal da Receita Federal José Ricardo da Silva.
Contra ele pesa a suspeita de pertencer ao esquema de corrupção que recebia propinas para atenuar punições em processos fiscais em tramitação no Carf, responsável pela análise e julgamento de recursos relativos a impostos federais e suas pesadas multas.
As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre compra de decisões no órgão do Ministério da Fazenda corre sob sigilo. “Nardes foi sócio da Planalto até maio de 2005. Seu sobrinho Carlos Juliano ainda é sócio da empresa”, informa a reportagem.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias