Em mais uma decisão no mínimo “polêmica”, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, suspendeu, por meio de liminar concedida nesta quinta-feira (17), as investigações criminais contra Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro.
De acordo com o site O Antagonista, a decisão teria sido tomada após pressões realizadas pelo filho do presidente, que tenta a qualquer custo evitar que a crise recaia sobre o clã Bolsonaro. Vale lembrar que o senador sequer compareceu ao Ministério Público do Rio de Janeiro para dar a sua versão sobre as suspeitas lançadas contra seu ex-motorista após relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificar a movimentação financeira incompatível com seus rendimentos.
Ao tomar conhecimento da liminar, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, considerou muito grave a notícia de que o Supremo suspendeu investigação sobre o caso Queiroz. “Os pesos e medidas são muito diferentes. Para Lula, basta convicção, para os Bolsonaros nem documento público é considerado”, questionou.
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, preferiu listar a cronologia de fatos que aumentam as suspeitas sobre a isenção nas investigações já que o Coaf agora está sob responsabilidade do ministro da Justiça Sérgio Moro, responsável direto pelo resultado das eleições presidenciais. Vale lembrar que o PT representou o clã Bolsonaro na Procuradoria Geral da República depois da denúncia de possíveis atos ilícitos que podem ter como pivô central o ex-assessor e sua filha Nathalia Queiroz.
Lindbergh Farias, líder do PT no Senado, também usou as redes sociais para pedir respostas sobre a decisão: “Não diziam que Flávio Bolsonaro não era investigado? Como suspendem a investigação por causa dele? 2. Flávio Bolsonaro ainda não tomou posse. 3. Recentemente o STF não decidiu que o Foro só se aplica para crimes cometidos no exercício do Cargo? Tanta fragilidade revela enorme desespero”.
Em nota, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro disse que não se manifestará sobre o mérito da decisão., “até que o Relator da Reclamação se pronuncie”. O relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello. Caberá a ele conduzir o processo na volta do recesso da corte.
Da Redação da Agência PT de Notícias