“Domingo vamos ter um clima de final de Copa do Mundo. Se ganhamos, como espero, vai ser como se o Brasil fosse hexacampeão; se perdermos, vai ser pior que a derrota 7 a 1 contra Alemanha”, comparou o diretor nacional do Partido dos Trabalhadores Rui Falcão em entrevista ao jornal argentino “La Nación” publicada nesta quarta-feira (13).
Rui falou também sobre o cenário possível após o impeachment ser barrado pelo Congresso. Para ele, deve ser feito um pacto de união com o empresariado, população e aliados políticos para retomar o crescimento econômico do Brasil: “Deve ser implementando um plano que tenha como eixo a criação de emprego, que encare uma reforma tributária, que pressuponha investimentos em infraestrutura, que melhore os serviços sociais”, afirmou.
Falcão reafirmou apoio e fez elogios à presidenta Dilma: “Ela é uma pessoa determinada, que tem todo compromisso com a nossa luta. Tem um passado que se identifica com o PT, com a luta social, com a democracia. O que precisamos é de uma correção de rumo, não mudar o governo. Quem quiser chegar ao poder deve esperar até 2018.”
E garantiu que partido não aceitará a legitimidade de um eventual governo de Michel Temer (PMDB): “Quem assume a presidência com um processo viciado não tem nosso reconhecimento.” E criticou: “Temer não tem legitimidade para conspirar contra o governo como está fazendo. O que fez configura claramente uma traição”.
Sobre a afirmação do jornal de que na Argentina há muita preocupação com a situação no Brasil, o presidente do PT alertou: “A estabilidade do Brasil e o estreitamento das relações com a Argentina dependem que o impeachment seja freado aqui. Com impeachment, o clima de agitação e instabilidade política será muito pior”, concluiu.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “La Nación”