O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE) disse, na segunda-feira (5) à noite, em entrevista à jornalistas, estar confiante em relação à manutenção dos seis vetos presidenciais. A sessão conjunta está marcada para logo mais, às 11h30.
“O País precisa, não só o governo, a economia precisa. Não podemos criar uma despesa de R$ 64,5 bilhões. Nós precisamos manter os vetos para a saúde financeira do Brasil”, ressaltou.
O deputado afirmou que a base está mobilizada para que haja quórum, no máximo, até as 12h. A coletiva de imprensa aconteceu logo após o fim da reunião de líderes com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.
O veto mais polêmico a ser apreciado é o que garante reajuste de até 78% aos servidores do Judiciário. De acordo com o parlamentar, o aumento é inviável.
“Quem é que paga a conta? Nós vamos tirar o dinheiro do Minha Casa, Minha Vida, do Bolsa Família, do reajuste do salário mínimo, do Pronatec, do Fies, de todos os programas que garantem principalmente a sustentabilidade das política sociais?”, questionou.
“É justo pagarmos para uma única categoria 78% e para os outros 21,5%? Não é razoável, a economia brasileira não suporta isso”, criticou.
Guimarães elogiou a reforma administrativa, anunciada na semana passada pela presidenta Dilma Rousseff. O Executivo vai extinguir três mil cargos comissionados e reduzir os salários da presidenta e dos ministros em 10%, entre outras medidas para alcançar o equilíbrio das contas.
“Por isso não podemos tirar com uma mão (governo) e eles (parlamentares) botarem com a outra. Nós temos que ter o equilíbrio fiscal, pelo bem da economia”, argumentou.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias