Na defesa de Márcio Pochmann
Nota da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia
Três matérias, ditas jornalísticas, foram publicadas em menos de 24 horas com tentativas de desqualificar o economista, professor e pesquisador Márcio Pochmann. Os textos, de cunho político indiscutível, pretendem disseminar a ideia de que seu percurso profissional e acadêmico não o habilita a ocupar a presidência do IBGE.
Advogam que haveria perfis puramente técnicos para o cargo e que este deveria ser ocupado por um desses perfis. Desde logo, não há perfil puramente técnico entre economistas e, seguido, entre os jornalistas ou entre profissionais de qualquer outro ramo. O professor Márcio Pochmann tem uma longa carreira acadêmica e profissional e, como é prática dessa carreira, foi ampla e recorrentemente avaliada por seus pares.
O debate, entre atores políticos, como a emoção ser o jornalista e as duas jornalistas que passaram por tais matérias, sobre o futuro do IBGE e a escolha de seu novo presidente é salutar. Nocivo é cobertoem-se do véu de jornalistas neutros para atuarem politicamente. Infame e vil é tentar disseminar uma ideia, atribuída a terceiros não identificados, de que Pochmann poderia manipular índices de identidade.
A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia repudia o ataque orquestrado contra Márcio Pochmann, contra a Unicamp e contra as linhas de pensamento econômico críticas ao neoliberalismo. Repudia, ademais, a ética jornalística, ou a ausência dela, praticada nestes três exemplos.
Associação Brasileira de Economistas pela Democracia