O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, criticou, em coletiva de imprensa, neste sábado (27), o que chamou de vazamentos seletivos de delações premiadas da Operação Lava Jato. A ação, da Polícia Federal, investiga irregularidades na Petrobras.
“A presidenta me concedeu total autonomia para defender a minha honra e tomar as medidas necessárias em defesa da minha honra. Causa estranheza a mim, como causou a outros ministros, que o vazamento tenha, primeiramente, ocorrido e, em segundo lugar, de forma seletiva”, afirmou Edinho, acompanhado do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo.
Edinho, que foi coordenador financeiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2014, ressaltou ter recebido doações dentro da legalidade.
“Como coordenador financeiro da campanha da presidenta Dilma, eu agi estritamente dentro da legalidade”, disse.
“Se as mentiras divulgadas pela imprensa forem comprovadas, eu tomarei as medidas judiciais cabíveis. A delação não expressa a verdade dos fatos”, criticou o ministro.
Conforme noticiou o “Blog da Cidadania” neste sábado (27), levantamento feito pelo site Às Claras, ligado à ONG Transparência Brasil, mostra que a UTC doou R$ 8.7222.566,00 para a campanha a presidente de Aécio Neves (PSDB) no ano passado.
Ainda segundo o blog, o valor é R$ 1,22 milhão superior ao valor doado à campanha de Dilma Rousseff na mesma época.
Durante a coletiva, Edinho Silva também ressaltou que Dilma não pode ser penalizada com as denúncias sem fundamento, já que as doações de sua campanha foram legais.
“Não foram feitas doações apenas para as nossas campanhas. Não aceito esse tipo de criminalização, já que todas as doações feitas à campanha da presidente Dilma foram legais, éticas e as contas foram aditadas e aprovadas pelo Tribunal Eleitoral (TSE)”, afirmou.
Além disso, o ministro e coordenador financeiro da campanha de Dilma informou que a doação feita pela UTC corresponde a 2% do total recebido.
Em nota divulgada pelo PT na última sexta-feira (26) o partido reforçou que as doações feitas a sigla são legais.
“A Secretaria de Finanças do PT informa, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que todas as doações recebidas pelo partido aconteceram estritamente dentro da legislação vigente e foram posteriormente declaradas à Justiça”, diz nota.
Ainda na coletiva, Silva declarou estar inconformado com os ataques ao PT.
“Me causa indignação que meu nome tenha sido envolvido em uma delação premiada. Me causa indignação o vazamento seletivo desta delação e me causa indignação a tese de criminalização das doações à nossa campanha”, desabafou.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias