Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (7), o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho Silva, reafirmou que a arrecadação da campanha da presidenta Dilma Rousseff ocorreu de forma lícita e transparente.
“Quero reafirmar a forma lícita e transparente que a campanha da presidenta Dilma arrecadou em 2014. O trecho, de forma seletiva, se de fato o conteúdo divulgado pela imprensa existe, ele não tem lastro na verdade e jamais eu participei de qualquer diálogo com o presidente da referida empresa, onde tivesse sido mencionada a palavra propina, onde tivessem sido mencionadas relações com contratos ou obras do governo federal. O meu diálogo com o presidente da mencionada empresa foi idêntico ao diálogo que eu tive com dezenas de empresários brasileiros no processo de arrecadação”, afirmou.
Edinho ainda destacou que a citada empresa também doou para a campanha à presidência do senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado nas urnas.
“As doações para a campanha da presidenta Dilma foram inferiores, inclusive, às doações ao candidato adversário no segundo turno. Portanto, os recursos foram doados da mesma empresa, do mesmo caixa, ambas as doações declaradas ao TSE”, apontou.
O ministro lembrou que as doações da campanha da presidenta Dilma foram auditadas e as contas aprovadas de forma unânime pelos ministros do TSE.
“O que nos causa indignação é que colocam sob suspeita as doações da campanha da presidenta Dilma, sendo que foi a mesma empresa, o mesmo caixa e a mesma forma de doação. Doações declaradas ao TSE”, completou Edinho.
“Faço um apelo aos integrantes do Ministério Público e Poder Judiciário para que nós possamos impedir que um processo de investigação que pode e deve fortalecer as instituições brasileiras se torne, por meio de vazamentos seletivos, instrumento da luta político partidária”, afirmou.
Segundo ele, os vazamentos seletivos estão sendo utilizados “de forma indevida, sem nenhum lastro de verdade, e são utilizados na luta político partidária”.
Apuração de responsabilidades por vazamentos seletivos
Durante o Ato Mulheres com Dillma, no Palácio do Planalto, a presidenta voltou a condenar os vazamentos seletivos. Segundo ela, essas informações são divulgadas com o “claro objetivo de criar ambiente propício ao golpe”.
“Golpe de Estado. Um golpe dissimulado, mas é um golpe. Uma trama golpista que usa vazamentos seletivos”, disse.
Dilma aproveitou para contar que determinou rigorosa apuração de responsabilidades por vazamentos recentes e bem como a tomada de todas as medidas judiciais cabíveis. “Passou de todos os limites a seleção muito clara de vazamentos em nosso País”, concluiu.
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias