O líder do PSL na Câmara e filho de Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) afirmou ontem (29) no plenário da Câmara que, se se repetirem no Brasil protestos populares como os que estão ocorrendo no Chile o resultado será a volta da ditadura. Em tom ameaçador, Eduardo fez a clara ameaça à democracia ao afirmar que “não vamos deixar isso aí vir prá cá. Se vier pra cá, vai ter que se ver com a polícia. E se eles começarem a radicalizar do lado de lá, a gente vai ver a história se repetir. Ai é que eu quero ver como a banda vai tocar”.
As declarações foram rapidamente questionadas em seguida e chegou a figurar entres os assuntos mais comentados nas redes sociais. Em seu perfil no Twitter, a deputada do PT Erika Kokay escreveu: “Eduardo Bolsonaro, o 03, acaba de ocupar a tribuna para fazer ameaças gravíssimas contra a democracia. Disse que se o povo se manifestar aqui no Brasil como tá se manifestando no Chile, a história (da ditadura) vai se repetir. Um criminoso que jurou honrar a Constituição!”
Também no Twitter, a deputada e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), acrescentou à sua resposta pela ameaça, às revelações de suspeita de envolvimento dos Bolsonaros com a morte de Marielle Franco. “Quem vai ter que se ver com a polícia e com a justiça é sua família @eduardosp envolvida com Queiroz, com as milícias e agora citada no caso do assassinato de Marielle e Anderson. Se a banda tocar é pra vocês”.