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Brasil encerra Jogos Paralímpicos em Paris com melhor campanha da história

Com 89 medalhas, delegação brasileira quebra recorde obtido em Tóquio 2021 e no Rio 2016 e alcança inédito quinto lugar no quadro geral de medalhas. Apoiando 100% dos competidores, Bolsa Atleta teve papel fundamental no resultado

Divulgação/CPB

A atuação do Brasil nos Jogos foi ampla, com o país subindo ao pódio em 12 das 20 modalidades que disputou

Com apoio do governo Lula, o Brasil fechou sua participação nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 com resultados históricos, em diversas modalidades, e se consolidou como uma potência no esporte paralímpico mundial. 

Com um total de 89 medalhas, sendo 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes, a delegação brasileira corta o recorde anterior de 72 medalhas, conquistada em Tóquio 2021 e no Rio 2016, e alcançou o quinto lugar inédito no quadro geral de medalhas.

Essa conquista histórica foi resultado de ações do governo Lula incluindo o investimento em políticas públicas externas para o esporte, como a Bolsa Atleta , que apoiou 100% dos medalhistas brasileiros em Paris. 

A atuação do Brasil nos Jogos foi ampla, com o país subindo ao pódio em 12 das 20 modalidades que disputou, incluindo destaques inéditos em esportes como triatlo, badminton e tiro esportivo.

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O papel do Bolsa Atleta  

Um dos grandes impulsionadores do sucesso brasileiro foi o programa Bolsa Atleta, criado no primeiro mandato do presidente Lula, fortalecido ao longo dos anos. Todos os 89 pódios conquistados pelos atletas brasileiros em Paris contaram com o apoio do programa, que visa garantir condições dignas de treinamento e desenvolvimento aos esportistas.

Segundo José Luís Ferrarezi, coordenador do Setorial Nacional de Esporte e Lazer do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras (PT) , esse resultado reflete uma política de longo prazo. 

“Esse resultado do Brasil nas Paralimpíadas de Paris é fruto de uma política pública que o presidente Lula, lá no primeiro mandato, já colocou na prática, principalmente com a Bolsa Atleta e a Paratleta. Quando você tem um governo que pensa no atleta e no para-atleta, quando há investimento, o resultado vem”, afirmou Ferrarezi.

Além do Bolsa Atleta, outro destaque para o desempenho do Brasil foi o Centro de Treinamento Paralímpico, de São Paulo, considerado um dos três melhores do mundo. Inaugurado durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o centro tem sido fundamental para a formação e o aprimoramento de atletas de alto rendimento no Brasil.

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Desempenho brasileiro

O atletismo continuou a ser a modalidade mais forte da delegação brasileira, conquistando 36 medalhas no total, com 10 ouros, 11 pratas e 15 bronzes. 

O Brasil terminou em terceiro lugar no quadro de medalhas do atletismo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Entre os destaques do atletismo está a acreana Jerusa Geber, que bateu o recorde mundial nos 100m T11 com o tempo de 11s80.

Na natação, o Brasil também brilhou, conquistando 26 medalhas, sendo sete ouros. Gabrielzinho, o nadador mineiro, cortejou o recorde mundial nos 150m medley SM2 com o tempo de 3min14s02. Além disso, a pernambucana Carol Santiago, que já havia conquistado três ouros em Tóquio, somou mais três ouros e duas pratas em Paris, se tornou a mulher brasileira com mais ouros na história dos Jogos Paralímpicos.

O judô brasileiro também teve um desempenho notável, liderando o quadro de medalhas da modalidade em Paris com quatro ouros, duas pratas e dois bronzes. Esse resultado reafirma a tradição do Brasil no esporte, que já rendeu grandes momentos em competições anteriores.

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Outros registros

A canoagem brasileira viveu um de seus melhores momentos em Paris, com destaque para Fernando Rufino, que conquistou o ouro nos 200m VL2, sua segunda medalha paralímpica de ouro. 

O sul-mato-grossense, que veio do rodeio e se tornou referência na canoagem, celebrou o resultado de forma efusiva. “Isso é um momento de alegria para mim e agora é comemorar bastante, com muito churrasco, moda sertaneja, moda de viola, rojão e foguete”, disse Rufino.

No halterofilismo, Tayana Medeiros, nascida no Morro da Fé, no Rio de Janeiro, fez história ao conquistar o ouro na categoria até 86kg, levantando 156kg e estabelecendo um novo recorde paralímpico. Sua trajetória de superação é um exemplo do poder transformador do esporte, especialmente para atletas com deficiência.

Além desses feitos individuais, o Brasil reduziu seis recordes mundiais ao longo dos Jogos, cinco no atletismo e um na natação. No atletismo, Yeltsin Jacques distribuiu o novo recorde nos 1.500m T11 com o tempo de 3min55s82. Júlio César Agripino dos Santos e Rayane Soares também cravaram suas marcas históricas nas provas de 5000m T11 e 400m T13, respectivamente.

Legado do esporte paralímpico no Brasil

O sucesso do Brasil nos Jogos Paralímpicos é resultado de um reflexo de como o esporte pode transformar vidas e desafiar preconceitos. Desde a criação de iniciativas como as Paralimpíadas Escolares e o Festival Paralímpico, que visam descobrir novos talentos, até o investimento em centros de treinamento de alta qualidade, o Brasil tem se tornado referência mundial no desenvolvimento de atletas paralímpicos.

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, destacou o impacto dessas iniciativas e do plano estratégico que visa descentralizar e fortalecer o esporte paralímpico em todas as regiões do país. 

“Criamos o caminho do atleta que entra na escolinha e pode parar num pódio aqui em Paris”, afirmou Conrado.

Perspectivas para o futuro

Os resultados obtidos em Paris projetam um futuro ainda mais promissor para o Brasil nos Jogos Paralímpicos. Com atletas que já figuram entre os melhores do mundo e uma base sólida sendo formada com a ajuda de programas como a Bolsa Atleta e o Centro de Treinamento Paralímpico, a expectativa é que o país continue a se destacar nas competições internacionais.

O caminho que levou o Brasil a esse sucesso é fruto de um esforço coletivo que envolve atletas, treinadores, políticas públicas e apoio da sociedade. Como resultado, o país não apenas comemora suas conquistas esportivas, mas também reafirma seu compromisso com a inclusão e o respeito às diferenças.

Para celebrar o desempenho da delegação brasileira, o Cristo Redentor foi iluminado em verde e amarelo na noite de encerramento dos Jogos, simbolizando a gratidão e o orgulho do país por suas paratletas, que mais uma vez foram que, com dedicação e apoio, é possível superar qualquer barreira.

Da Redação , com informações do Ministério do Esporte