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Efeito Lula: Confiança do Comércio sobe 3,7 pontos em novembro, para 92,7, diz FGV

É a maior pontuação desde abril (95,5); também a Confederação Nacional do Comércio traz boas notícias, divulgando que a confiança do setor cresceu 1,4 ponto no mesmo mês

Paulo Pinto/Agência Brasil

Segundo o FGV/IBRE, as previsões apontam para uma menor redução nas vendas futuras, o que indica otimismo crescente entre os empresários do setor

Dados divulgados nesta quinta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE) sobre o Índice de Confiança do Comercio (ICOM) apontam avanço de 3,7 pontos em novembro. Agora em 92,7 pontos, atinge sua maior pontuação desde abril, quando foi de 95,5.

Em médias móveis trimestrais, a alta verificada é de 1,2 ponto e chega a 90,6 pontos no período. Os indicadores atuais sugerem tendência de recuperação, depois de uma interrupção no mês anterior. A Sondagem indica, ainda, que as previsões apontam para uma menor redução nas vendas futuras, o que indica otimismo crescente entre os empresários do setor.

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Outro indicador que também apresentou resultado positivo é o Índice de Expectativas (IE-COM) com o avanço de 2,8 pontos e chega aos 90,7 pontos no total. Cada quesito que compõe este IE apresenta seu próprio resultado. Por exemplo: perspectiva de venda nos três meses futuros subiu 6,0 pontos a atinge 88,6; isto após seis quedas consecutivas.

Já o índice que avalia expectativas sobre tendência dos negócios, com projeção para os próximos seis meses apresentou leve queda. Mas no conjunto, o aumento na confiança do comércio traz variações positivas em todos os horizontes temporais avaliados pela pesquisa, com recuperação expressiva nos indicadores de situação atual.

Confiança e otimismo

A Sondagem do Comercio de novembro coletou informações junto ao setor entre os dias 1º e 25 de novembro e revelou significativa alta da confiança, em cinco dos seis segmentos. A avaliação positiva sobre o momento atual é o principal fator para o otimismo. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 4,1 pontos e está em 94,9. É o maior desde abril (98,5 pontos).

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Sobre a situação atual dos negócios, as avaliações variaram de maneira positiva, em 2,6 pontos, e atinge o total de 94,2, outra recuperação em relação ao mês anterior. O indicador que avalia o volume de demanda atual também avançou 5,7 pontos, e agora está com pontuação em 95,8. É o maior nível desde abril deste ano (99,1).

Na avaliação da economista do FGV-IBRE, Geórgia Veloso, “essa inversão nas expectativas está ligada ao aumento da confiança dos consumidores, fortalecida por um mercado de trabalho aquecido e uma melhora nos rendimentos observada em 2024”. Segundo ela “a confiança do comércio avança com variações positivas nos horizontes temporais avaliados pela Sondagem”.

Pesquisa CNC também aponta confiança do setor

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) também aponta crescimento da confiança e otimismo do setor, que subiu 1,4%, em novembro. É o segundo mês consecutivo, agora com índice de 113,5 pontos, na zona de satisfação, já que está acima dos 100. Segundo a CNC, os empresários do setor estão com expectativas positivas em relação à economia do país e ao desempenho das vendas.

O economista-chefe da Confederação, Felipe Tavares, em nota oficial da entidade destaca que “esse resultado é consistente com a percepção mais positiva dos consumidores sobre o futuro do mercado de trabalho”. Item da pesquisa, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também divulgado pela CNC, traz indicadores que justificam o otimismo do setor.

A pesquisa CNC observa, ainda, a situação específica dos bens duráveis, que abrange produtos de valores mais altos e, portanto, vulneráveis ao atual ciclo da alta da taxa de juros, uma das mais altas do mundo. Ainda assim, o otimismo em relação aos próximos meses “está motivando os comerciantes a investir mais”, diz Felipe Tavares.

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Da Redação, com infomações de FGV/Ibre, CNC