Dados registrados pela Serasa Experian confirmam o entendimento do presidente Lula de que, com mais dinheiro circulando no bolso do trabalhador, a roda da economia volta a girar. Segundo o órgão de análise de negócios, a melhora na capacidade de pagamento do consumidor contribuiu para que, de janeiro a setembro, houvesse uma desaceleração na quantidade de empresas inadimplentes.
A informação foi divulgada na edição desta terça-feira (28) do jornal Valor Econômico, que entrevistou o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian. Conforme a matéria, até setembro o volume de companhias com pagamentos em atraso cresceu 3%, metade do ritmo apresentado em 2022.
O jornal também mostra em detalhes a queda da inadimplência entre os consumidores: no ano passado, 4,6 milhões entraram para a lista de devedores, enquanto, em 2023, esse número foi de 1,9 milhão até outubro. A queda acaba refletindo no desempenho das empresas, e as companhias veem menos dinheiro entrar em caixa quando o consumidor não consegue pagar suas contas, analisa Rabi.
Apesar da melhoria verificada na situação das empresas, o número das que estão estão inadimplentes – mais de 6,6 milhões – ainda é recorde, observa a matéria do Valor Econômico. Por outro lado, o economista Luiz Rabi disse acreditar que, em razão do aumento da capacidade de pagamento do consumidor e de outros avanços econômicos, a curva da inadimplência deve ser revertida até o começo de 2024.
Essa notícia trata de um assunto que está relacionado a algumas das principais prioridades do governo Lula: geração de empregos, aumento da renda do trabalhador e ampliação do acesso ao crédito.
Várias ações foram adotadas nesse sentido, como a volta do aumento real do salário mínimo, a igualdade salarial entre homens e mulheres, o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, o fortalecimento dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família; e o Desenrola Brasil, que contribuiu para que mais de 7 milhões de brasileiros ficassem com o nome limpo, após renegociarem suas dívidas.
Inflação e desemprego em queda
Na matéria do jornal, o economista Luiz Rabi afirma que a melhora de indicadores de inflação, taxa de juros e desemprego, com benefícios diretos para as empresas e os consumidores, também tem ajudado. Para ele, “se a inflação corrói o poder de compra, o desemprego destrói”. Por isso, a melhora nesse indicador é importante.
A notícia detalha que, após ter atingido quase 15% na pandemia, a taxa de desemprego ficou em 7,7% em outubro de 2023. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) vem desacelerando desde o ano passado, depois de ter subido mais de 10% em 2021. O indicador fechou 2022 em 5,7% e acumula alta de 3,75% neste ano até outubro.
Da Redação