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Efeito Lula: número de desempregados há mais de 2 anos cai 17,3% no 2º trimestre e é o menor desde 2015

Contingente de pessoas nessa situação caiu para 1,688 milhão, segundo o IBGE, que registra também queda da taxa de desemprego em 25 das 27 unidades da federação no período

Roberto Dziura / AEN

Desemprego no segundo trimestre ficou em 6,9%, frente aos 7,9% do trimestre antecedente

A economia brasileira registrou mais um resultado positivo durante o governo Lula: 25 das 27 unidades da federação tiveram queda na taxa de desemprego no segundo trimestre de 2024, em comparação com os três primeiros meses do ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra também que o número de pessoas desempregadas há mais de dois anos no país caiu 17,3% no segundo trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, e atingiu o menor patamar para o período desde 2015. Todas as faixas de tempo de busca por trabalho apresentaram queda acima de 10% em igual base de comparação.

A taxa de desemprego no Brasil no segundo trimestre foi de 6,9%, frente à de 7,9% do trimestre antecedente, como já havia sido divulgado pelo IBGE.

O contingente de pessoas em busca de trabalho há mais de dois anos recuou de 2,040 milhões no segundo trimestre de 2023 para 1,688 milhão no segundo trimestre de 2024, o que representa uma diminuição de 352 mil. O número é o menor desde o primeiro trimestre de 2015 (1,443 milhão).

O IBGE classifica como desempregado quem não está trabalhando e busca trabalho, ou seja, toma alguma providência para encontrar uma ocupação. No caso daqueles que procuram emprego há mais de dois anos, é usado o conceito de desemprego de longo prazo. Quanto mais longa é a busca por emprego, mais difícil é a reinserção dessas pessoas no mercado de trabalho.

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A pesquisa indica ainda que a parcela de quem procura trabalho há mais de dois anos, em relação ao total dos desempregados, era de 22,4% no primeiro trimestre de 2024.

Apesar da queda de 17,3% dos desempregados há mais de dois anos no segundo trimestre de 2024, frente a igual período de 2023, o contingente de 1,688 milhão de trabalhadores ainda está 11,1% acima daquele observado o segundo trimestre de 2012, primeiro ano da série histórica da PNAD Contínua, que era de 1,520 milhão de pessoas.

Por unidades da federação

No recorte por unidades da federação, o IBGE informa que as duas que registraram alta do desemprego entre o primeiro e o segundo trimestre foram Distrito Federal (de 9,5% para 9,7%) e Rio Grande do Sul (de 5,8% para 5,9%).

O IBGE trabalha com o conceito de estabilidade estatística, que é quando a variação na taxa fica dentro da margem de erro da pesquisa. Por essa leitura, houve queda do desemprego na passagem entre o primeiro e o segundo trimestre em 15 das 27 unidades da federação e estabilidade nas outras 12 unidades.

No segundo trimestre de 2024, a maior taxa de desemprego no país foi registrada em Pernambuco (11,5%) e a menor, em Rondônia (3,3%). No Estado de São Paulo, o desemprego ficou em 6,4% no segundo trimestre, frente a 7,4% nos três primeiros meses de 2024. No Rio de Janeiro, o desemprego caiu de 10,3% no primeiro trimestre para 9,6% nos três meses seguintes.

A taxa de desemprego por sexo foi de 5,6% para os homens e 8,6% para as mulheres no segundo trimestre. Já a taxa de desocupação por cor ou raça se manteve abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).

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Da Redação