Com variação positiva de 0,1% em agosto, a produção industrial do mês consolida um processo de crescimento em 2024, de acordo com o Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, entre janeiro e agosto, a produção registrou alta de 3% e, em 12 meses, de 2,4%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (2).
Em comparação a agosto do ano passado, o indicador cresceu 2,4%, segundo o IBGE. O quadro de estabilidade neste mês de agosto se contrapõe ao mês anterior, quando houve um recuo de 1,4% na atividade. A estabilidade pode ser explicada, aponta a pesquisa, pela base de comparação de agosto de 2023, que é mais alta do que a dos meses de julho e junho. O efeito calendário e essa base de comparação mais alta impactaram no agosto de 2024, quando se compara os 6,1% de julho e os 3,2% de junho.
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Contudo, “permanece um perfil disseminado de taxas positivas nesse indicador, uma vez que as quatro grandes categorias econômicas e 18 das 25 atividades industriais pesquisadas mostraram crescimento na produção”, segundo o gerente da PIM Brasil, André Macedo.
“Também vale destacar que no ano de 2024, o setor industrial mostra um patamar de produção superior ao verificado no ano passado, com o total da indústria avançando 3,0% no índice acumulado até agosto de 2024 e com predominância de resultados positivos entre as categorias econômicas e ramos industriais”, afirma o pesquisador.
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Atividade supera período pré-pandemia
O resultado mostra um quadro de resiliência da indústria que, em 2024, já ultrapassou o período pré-pandemia, (fevereiro de 2020), em 1,5%.
“Quando analisamos os últimos três meses, o saldo da produção industrial é positivo, já que o total da indústria cresceu 4,4% em junho. Esse movimento também fica evidenciado quando observamos o índice de média móvel trimestral, que permanece com uma trajetória ascendente desde meados de 2023”, pontua Macedo.
Entre as atividades, a influência positiva mais importante veio das indústrias extrativas, alta de 1,1%, após uma queda de 2,2% em julho. Os setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos cresceram 3,6%, enquanto o de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos registrou alta de 4,0% . Produtos químicos também aparece com indicador positivo, com 0,7%.
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O cenário, contudo, carrega desafios, com 18 de 25 ramos industriais ainda mostrando recuo na produção.
“Em agosto, observamos um comportamento negativo em automóveis e nos comerciais leves. É mais uma característica desse mês, do que propriamente uma tendência de reversão do quadro positivo dessa atividade nos últimos meses”, assinala Macedo.
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Da Redação, com Agência Gov