A taxa média anual de desemprego no Brasil em 2023 foi de 7,8%, a menor de um ano desde 2014, ocasião em que o indicador apontou 7%. O dado representa redução de 1,8 ponto percentual na comparação com 2022 (9,6%).
As informações, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), confirmam a tendência de recuperação do mercado de trabalho iniciada após a pandemia de Covid-19, e levam em consideração o mercado de trabalho formal e informal.
Batendo o recorde da série histórica iniciada em 2012, a população ocupada chegou a 100,7 milhões de pessoas no ano passado, ficando 3,8% acima de 2022. Na comparação com 2012, houve aumento de 12,3% da força de trabalho (89,7 milhões).
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O IBGE aponta diminuição do número de desempregados para 8,5 milhões de pessoas em 2023 (primeiro ano do novo governo Lula), uma queda de 1,8 milhão (-17,6%) no comparativo com 2022 (último ano do governo Bolsonaro).
A média do número de trabalhadores com carteira assinada também é recorde desde 2012. Com aumento de 5,8%, chegou a 37,7 milhões de pessoas. O IBGE registrou ainda a redução da chamada população desalentada (trabalhador que desistiu de procurar emprego frente às dificuldades encontradas) em 12,4% ante 2022, alcançando 3,7 milhões de pessoas. A maior estimativa para essa população ocorreu em 2021, com 5,6 milhões, e a menor, em 2014 (com 1,6 milhão).
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o índice é reflexo do impacto de políticas econômicas, investimentos sociais, queda da inflação e, principalmente, da volta da política de valorização do salário mínimo, a partir da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Segundo o Caged, no ano passado, nós criamos cerca de 1,5 milhão de empregos com carteira assinada. Esse número só não é maior em função da queda a conta gotas da taxa Selic pelo Banco Central, que tem como presidente Campos Neto, nomeado por Bolsonaro. É preciso acelerar essa redução para que o Brasil tenha uma taxa competitiva e influencie de forma mais acelerada o mercado de contratações”, afirmou Luiz Marinho.
Da Redação