A taxa de desemprego no país ficou em 8,5% no trimestre encerrado em abril, o que indica estabilidade em relação ao trimestre anterior, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo IBGE. A taxa é a menor para o período desde abril de 2015, quando ficou em 8,1%. Já na comparação com o mesmo período em 2022 (10,5%), o índice de desocupação teve queda de dois pontos percentuais.
O resultado veio abaixo das expectativas do mercado e do próprio IBGE. “Essa estabilidade é diferente do que costumamos ver para este período. O padrão sazonal do trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento da taxa de desocupação, por meio de uma maior população desocupada, o que não ocorreu desta vez”, explica Alessandra Brito, analista da pesquisa.
A presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), celebrou o resultado positivo verificado no levantamento. “Vamos em frente, a luta para transformar o Brasil segue firme e forte. Faz o L!”, escreveu a deputada federal, pelo Twitter.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, também comemorou os números da PNAD. “MENOR DESEMPREGO EM 8 ANOS! De acordo com o IBGE, Brasil fechou o trimestre com apenas 8,5% da população em busca de colocação, o melhor número desde 2015. O povo brasileiro merece trabalho, renda e economia forte e é pra isso que eu faço o L todos os dias!”, tuitou.
O senador Humberto Costa (PT-PE) também se manifestou sobre o resultado. “BOA NOTÍCIA! O mercado de trabalho apresentou sinais de melhora este ano. Segundo dados do IBGE, a taxa de desemprego ficou em 8,5% no trimestre encerrado em abril. É a menor para o período desde 2015. É Lula fazendo a economia avançar. Faz o L!”, disse, no Twitter.
Ainda segundo o IBGE, no mesmo trimestre, o número de brasileiros desempregados foi de 9,1 milhões, 100 mil pessoas a mais que no trimestre anterior, o que o IBGE classifica como cenário de estabilidade. Já a população ocupada somou 98 milhões, com recuo de 0,6% (menos 605 mil pessoas) ante o trimestre anterior. Na comparação interanual, porém, cresceu 1,6% (mais 1,5 milhões de pessoas).
Rendimento médio
Quanto ao rendimento médio, os trabalhadores ganharam R$ 2.891 por mês no trimestre, um cenário estável na comparação com o trimestre anterior. Na comparação anual, porém, houve aumento de 7,5%.
Carteira
Os resultados da PNAD Contínua para abril também mostraram que o número de empregados sem carteira assinada no setor privado recuou 2,9% em relação ao trimestre terminado em janeiro, ficando em 12,7 milhões. Também o contingente de trabalhadores domésticos recuou: diminuiu 3,2% e chegou a 5,7 milhões de pessoas.
Os contingentes de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (36,8 milhões), de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) e de empregados no setor público (12 milhões) ficaram estáveis em abril.
Já a taxa de informalidade foi estimada em 38,9% da população ocupada, o que significava 38 milhões de trabalhadores informais em abril. No trimestre anterior, a taxa era de 39%, enquanto em abril de 2022 estava em 40,1%.
A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal.
Da Redação