As ruas ficaram pequenas para os atos contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL). Desde a manhã deste sábado (29), cidades do Brasil e do mundo sediam manifestações sob a hashtag #EleNão, em um momento sem precedentes na história recente do país.
Houve mobilização em mais de 100 municípios, das grandes capitais até pequenas cidades como Conceição do Coité, na Bahia. Várias cidades da Europa e dos Estados Unidos também tiveram edições simultâneas do ato.
Faixas, cartazes, músicas temáticas que traziam um recado claro: o fascismo e o retrocesso não vencerão o sonho. Era unânime clamor de Justiça por Marielle Franco, calada pela violência no início deste ano, por Lula Livre e também pedindo o fim do discurso do ódio e da violência..
Todo esse esforço é resultado da capacidade de mobilização política cada vez mais intensa das mulheres. O movimento começou nas redes sociais com uma reação espontânea aos valores que candidato do PSL incorpora: o machismo, a homofobia, violência e autoritarismo. Afinal, elas são maioria do eleitorado e as mais impactadas pelas políticas públicas.
Houve repercussão nacional e, em pouco tempo, 3,8 milhões de mulheres se uniram à campanha. Indígenas, judeus, quilombolas, religiosos, LGBTs, o movimento negro e movimentos sociais de diversas matrizes também aderiram.
Em São Paulo, os manifestantes se reuniram no Largo da Batata e seguiram em marcha até a Avenida Paulista. Público chegou a 500 mil pessoas, calculam os organizadores. No Rio, uma multidão tomou as ruas do entorno da Cinelândia, na região central da cidade. Belo Horizonte e Brasília também tiveram protestos com milhares de participantes.
Lideranças de esquerda participaram do evento em todo o país. A candidata a vice Manuela D’Ávila marchou com os manifestantes em São Paulo.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do partido, e a candidata ao governo do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra também participaram em seus respectivos estados.
Confira algumas das principais mobilizações:
Da Redação Agência PT de Notícias