Dos alunos universitários em fase de conclusão de curso avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) em 2014, 35% são os primeiros da família a entrar em uma instituição de ensino superior. A conclusão está presente na compilação dos dados respondidos pelos alunos no Questionário Socioeconômico do Exame, em estudo divulgado nesta sexta-feira (18) pelo Ministério da Educação.
Para o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, o índice é resultado de políticas públicas de acesso ao ensino superior, como o Programa Universidades para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e representa uma grande conquista para o Brasil.
“O crescimento fantástico no acesso ao ensino superior é uma das coisas mais bonitas que estamos vivendo no País. Hoje temos mais de sete milhões de universitários, mais do que o dobro em 12 anos, quando o número era menor que três milhões. Tenho certeza que as famílias têm muito orgulho desses alunos”, disse, nesta sexta-feira (18).
Cerca de 65% dos estudantes que concluíram cursos superiores em 2014 têm renda familiar de até 4,5 salários mínimos, ou seja, uma família que recebe até R$ 3.546 por mês.
Os dados do questionário socioeconômico também mostram que a maior parte dos estudantes, além de estudar, também trabalha. Mais de 64% dos universitários trabalham regularmente, e pelo menos 39% deles cumprem carga horária de 40 horas semanais.
Dos universitários que recebem alguma forma de incentivo, como bolsas ou financiamento, metade é de incentivo do governo federal, a partir do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Dos estudantes beneficiados pelo governo, 56% têm renda familiar de até três salários mínimos e 36% ingressaram por meio de políticas afirmativas, como por exemplo as cotas raciais e sociais.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil