O governador Fernando Pimentel (PT-MG) fez um balanço dos seis meses de trabalho no estado de Minas Gerais (MG). Em entrevista à Agência Minas Gerais, ele relembrou o déficit orçamentário de R$ 7 bilhões deixado pelo governo de Aécio Neves (PSDB-MG), recordou as cerca de 500 obras paradas por falta de pagamento da gestão tucana, falou do sucateamento da saúde e segurança e também da desmotivação de professores em lecionar .
Segundo Pimentel, foi importante ter feito o diagnóstico da situação do estado, que revelou um “retrato grave”.
“Em nome da transparência, apresentamos este diagnóstico à população, para que todos os mineiros e mineiras soubessem a real situação que herdamos. Feito isso, estamos partindo para a segunda etapa, que é colocar ordem na casa e planejar o futuro de Minas Gerais”, disse.
Durante a entrevista, Pimentel destacou os avanços que foram feitos em menos de um ano à frente do governo de MG. O petista relembrou que o lema de sua campanha foi “ouvir para governar” e que, desde que assumiu o mandato, este diálogo é permanente.
“Governar é criar consensos”, disse. ” Alguns setores da sociedade mineira, mais conservadores, talvez preferissem um governo de menos diálogo e de mais imposição, mais autoritário, como foi no passado. Mas não é assim que governamos”, declarou.
Pimentel relembrou que os professores mineiros foram penalizados pela gestão autoritária do PSDB que não dialogava com a categoria. “Dialogamos exaustivamente com as lideranças da Educação, até chegarmos ao histórico acordo que inclui o Piso Salarial Nacional para os professores mineiros e outras conquistas”, avaliou.
Para estabelecer avanços em MG, Pimentel ainda detalhou que é preciso “melhorar a arrecadação, aperfeiçoar sistemas de cobrança de dívidas, atrair investimentos e capitais, negociar financiamentos”, afirmou.
O governador de Minas Gerais garantiu que em 2016 o déficit será menor. E que até 2017 Minas Gerais estará em ordem. “E estamos falando de números reais, e não de maquiagem ou ficção, como foi feito no passado”, ponderou.
Para o setor econômico, Pimentel reforçou a necessidade de criar um sistema tributário mais simples e de diversificar a economia para garantir força na produtividade.
“Queremos é diversificar a economia, reduzindo a dependência de poucos setores e aumentando a competitividade de produtos de maior valor agregado. Vamos estimular a inteligência, o conhecimento, a inovação, mas sem esquecer da economia tradicional, como o próprio minério de ferro e café, que ainda são e serão, por um bom tempo – ao lado do agronegócio – os carros-chefes do Estado” disse.
Pimentel aposta na iniciativa privada para oferecer aos mineiros estradas de qualidade em MG. Na área de segurança pública, a meta é abrir novas vagas e equipar de melhor forma as polícias militar e civil.
“A segurança mineira estava sucateada, com viaturas e equipamentos quebrados, policiais desmotivados, presídios superlotados. Estamos trabalhando duro para reverter esse quadro”, disse.
Para a saúde, em parceria com o governo federal, a gestão de Pimentel vai fortalecer o programa Mais Médicos e implantar o Samu nas principais regiões do estado.
“Queremos uma saúde de qualidade que garanta o bem-estar de toda a população”, declarou Pimentel.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias