Mais de 15 mil pessoas de diversos estados do Brasil se reuniram em um grande ato em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), nesta terça-feira (1º), em Brasília (DF).
A manifestação, que precedeu a abertura da 15ª Conferência Nacional de Saúde, partiu da Catedral Metropolitana e seguiu até o Congresso Nacional.
Uma das principais bandeiras da manifestação foi o aumento no repasse de verbas para a Saúde, inclusive com a defesa do PLP 321/2013, conhecido como “Saúde+10”, que está estagnado no Congresso Nacional.
Se o projeto fosse aprovado, o SUS contaria com um acréscimo no orçamento de cerca de R$ 46 bilhões, o que corresponde a 0,8% do PIB.
“É uma briga importante, é preciso aumentar os recursos do sistema para que possamos garantir que todos os brasileiros tenham acesso à saúde”, afirmou o petista e ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante a manifestação.
“Vim aqui como cidadão comum, que se preocupa com o SUS e que não quer ver a saúde ser tratada como mercadoria no Brasil”, explicou.
Entre os manifestantes estava a secretaria nacional de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida da Silva, que criticou a “paralisação do País pela direita”.
“Precisamos derrubar essa agenda conservadora, que oprime mulheres, que oprime a classe trabalhadora, que oprime os mais pobre do Brasil. Temos que impor nossa agenda”, afirmou a dirigente cutista.
Para ela, a precarização do trabalho, atrelado à terceirização, é fundamental para se compreender o adoecimento de trabalhadores da Saúde.
“É a ameaça do capitalismo. A busca por lucros faz com que se explore o trabalho para além de seu limite, há assédio moral e sexual, há desvalorização e por isso temos que estar juntos, na rua, para defender o SUS dessa ofensiva”, convocou Madalena.
A secretaria adjunta de Saúde do Trabalhador da CUT, Maria de Fátima Veloso Cunha, também esteve no ato. “O SUS sofre um ataque nunca visto em sua história de 26 anos. Precisamos trazer para a população a realidade do SUS, mostrar que falta investimentos e brigar por mais recursos”, completou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “CUT”