Em Brusque, Santa Catarina, para a coligação liderada por Paulo Eccel, candidato petista à prefeitura, a eleição municipal não encerrou no dia 15 de novembro. Um processo está correndo na justiça para investigar o abuso de poder econômico por parte de Luciano Hang e sua empresa Havan.
O resultado do pleito, que deu a vitória ao atual vice prefeito, Ari Vechi (MDB), está sendo contestado na Justiça Eleitoral devido a abusos que teriam sido cometidos durante a campanha eleitoral e que tiveram a atuação direta do empresário bolsonarista Luciano Hang.
A ação de investigação é assinada pelo PT, PV e PSB – que teve como candidato a prefeito o petista Paulo Eccel e pelo Podemos – que teve como candidato Ciro Roza. Os partidos ingressaram com pedido de liminar para cassar a diplomação de Ari Vechi e do seu vice Gilmar Doerner (DC). A liminar não foi concedida, mas a justiça determinou a instauração de processo para investigar a denúncia.
O motivo alegado na ação da coligação é de abuso de poder econômico através da intervenção de Hang na campanha de Ari Vechi. O empresário ainda teria financiado grande parte da campanha e participou ativamente, nas redes e nas ruas.
De acordo com o PT de Brusque, este “terceiro turno” gera uma grande polêmica nos bastidores políticos, tornando ainda mais vulnerável a vitória de Vechi e Doerner. O fato é que Luciano Hang foi utilizado como um “coringa” na campanha de Vechi, porém a rejeição ao empresário também pesa diretamente para o prefeito eleito.
Na petição inicial, os partidos solicitaram a realização de uma nova eleição no município de Brusque. No relatório dos fatos e fundamentos jurídicos, os partidos também remetem o envolvimento do empresário Luciano Hang nas eleições presidenciais em 2018, em que teve a conduta investigada pelo TSE, em face do apoio declarado ao presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro e pelos vários vídeos realizados no interior das Lojas Havan.
Da Redação com Assessoria de Imprensa do PT-SC/Brusque