Partido dos Trabalhadores

Em caso de violência doméstica, agressor terá que ressarcir custos

Fica na responsabilidade do agressor ressarcir os custos relacionados aos serviços prestados pelo SUS em casos de violência doméstica e familiar

Gustavo Bezerra

Erika Kokay

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (4), o substitutivo da deputada Erika Kokay (PT-DF) ao projeto de lei (PL 9691/18), que prevê a responsabilidade do agressor de ressarcir os custos relacionados aos serviços de saúde prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e aos dispositivos de segurança em caso de pânico em situações relacionadas às vítimas de violência doméstica e familiar.

São autores do projeto os deputados Rafael Motta (PSB-RN) e Mariana Carvalho (PSDB-RO).

A deputada Erika Kokay destacou a importância de se punir o agressor com o ressarcimento. “Essa é uma inovação na Lei Maria da Penha e ajuda a desnaturalizar a violência doméstica. É justo que o agressor restitua ao Estado aquilo que foi gasto com a atenção integral à saúde da vítima e com as medidas protetivas empregadas. Caso contrário, é toda a sociedade que vai pagar por estes atendimentos”, argumentou. Erika acredita que a obrigatoriedade do ressarcimento vai desestimular o agressor.

Erika destacou ainda que foi incluído no projeto dispositivo para impedir que o ressarcimento incorre em ônus ao patrimônio da mulher ou dos seus filhos. “Quem tem que pagar é o agressor, que age utilizando-se de ações que se assemelham à tortura, ao provocar medo permanente na sua companheira”.

O projeto agora será apreciado pelo Senado.

Por PT na Câmara