Ao participar da 15ª Conferência Nacional da Saúde, nesta sexta-feira (4), em Brasília (DF), a presidenta Dilma Rousseff recebeu calorosas demonstrações de carinho, aos gritos de “não vai ter golpe” e “Cunha sai, Dilma fica”.
Na ocasião, Dilma falou sobre a atenção dada pelo governo federal ao surto de microcefalia no Nordeste e prometeu usar todos os elementos contra o Zika vírus e erradicar o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti. A presidenta anunciou também que estará em Pernambuco neste sábado (5) para acompanhar de perto o aumento de ocorrências do vírus na região.
O Zika é considerado um possível responsável pelos aumentos de casos de microcefalia em fetos no nordeste brasileiro. Dilma afirmou que esse é um problema de vigilância sanitária e que o governo está mobilizando os agentes de saúde, toda a estrutura da defesa civil nacional e o exército brasileiro para ajudar na ação de prevenção e de combate do vetor.
“Espero que essa conferência, junto com toda a ação do governo, ajude a conscientizar cada brasileiro para não deixar que haja água parada em casa e tome os cuidados devidos para a não proliferação do mosquito transmissor da doença”, afirmou.
A presidenta disse ainda que recai sobre os agentes de saúde a responsabilidade de dar segurança para o país nesses casos, juntamente com a ação preparada pelo governo federal.
“Temos que nos dispor a essa luta porque ela provoca mudanças genéticas em crianças, fetos e recém-nascidos e não podemos compactuar com isso. Vamos usar de todos os elementos, desde a prevenção até o uso de tecnologias para procurar vacinas que sejam comercializáveis e tratar para erradicarmos o vetor”, ressaltou.
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. O zika é da mesma família do vírus da dengue, porém menos agressivo, e foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril deste ano.
Dilma disse que a 15ª Conferência Nacional da Saúde vai ficar para história por ter tratado da saúde do povo brasileiro e da democracia. Segundo ela, para a “saúde da democracia” é necessário enfrentar as desigualdades, o preconceito contra mulheres, negros, a população LGBT e defender a democracia contra o golpe.
“Até 2018, eu e meu governo, seremos incansáveis na tarefa de construir uma saúde de qualidade para o povo brasileiro”, disse.
“Vou lutar contra esse pedido de impeachment, porque não fiz nada que justifique esse pedido e, principalmente, porque tenho compromisso com a população deste país”, concluiu.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias