A presidenta eleita do Brasil, Dilma Rousseff, pretende visitar nesta segunda-feira (23) a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde encontra-se preso politicamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O direito para tanto é claro e inconteste, está garantido por tratados internacionais de que o Brasil é signatário e também pela Lei de Execução Penal brasileira, em vigor desde 1984.
A presidenta legitimamente eleita é amiga pessoal de Lula, fato público e notório. Trabalham juntos desde o ano de 2002 e, ao longo dos anos, desenvolveram relação de convivência próxima.
Durante a semana, em palestra proferida na Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia, Dilma denunciou a condição de isolamento a que Lula está submetido pelos policiais federais de Curitiba:
“Colocaram o Lula numa solitária. Lula é um homem forte, mas ele está sendo submetido a condições desumanas de prisão. Eu tenho experiência de três anos de prisão durante a ditadura militar, e posso dizer que, passada a fase de interrogatório, quando sofríamos torturas brutais, éramos levados para o presídio, e o máximo sofrimento a que nos submetiam era a solitária. É a pior punição, quando não há tortura física”, afirmou.
“Quem exerce a violência e usa a solitária como forma de tortura faz isto porque sabe que as pessoas precisam umas das outras. A gente precisa olhar uma face humana, a gente precisa conversar, a gente precisa tocar em alguém, a gente precisa do outro. Nós não somos só indivíduos e se fizeram de nós apenas indivíduos, nós seremos infelizes. Esta situação é o absoluto mal estar de civilização. Pois eles colocaram o Lula numa solitária. Lula é um homem forte, mas ele está sendo submetido a condições desumanas de prisão.”
Da Redação da Agência PT de Notícias