Partido dos Trabalhadores

Em debate na Band, Haddad comprova ser o mais preparado

Candidato à reeleição, prefeito destruiu acusações falsas, enumerou realizações e explicou por que deve governar por mais 4 anos. Saiba como foi:

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Fernando Haddad no debate da Band / reprodução

A “Band” realizou o primeiro debate eleitoral de São Paulo na noite desta segunda-feira (23). O prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), aproveitou o espaço para explicar por que deve governar por mais um mandato e reforçou que sua gestão bateu recorde de investimentos em todas as áreas.

Alguns oposicionistas tentaram acusá-lo de não cumprir os compromissos assumidos em 2012. Outros revelaram desconhecer a cidade, questionando o prefeito com dados falsos. Haddad explicou que sua gestão abriu campos de investimentos para mudar a cara da cidade. “Não queremos interromper este projeto (…) vamos continuar avançando em todas as áreas”.

“Somos um grupo de gestores, professores, servidores públicos honrados que bateu recorde de investimentos em todas as áreas. Demos passos importantes em todas as áreas, da saúde à cultura”.

Veja abaixo quais foram os principais assuntos abordados:

Mais mobilidade, menos acidentes

São Paulo é uma nova cidade, com menos mortes e feridos em acidentes de trânsito após a redução da velocidade nas marginais Pinheiros e Tietê, afirmou o prefeito.

A gestão reduziu a velocidade máximade algumas vias da cidade por recomendação da ONU, disse Haddad, com dois objetivos: diminuir o número de mortes e feridos – “e isso nós conseguimos” – e melhorar o tráfego da cidade.

Haddad falou da importância da diminuição do número de mortes e de feridos, depois das novas velocidades nas marginais Tietê e Pinheiros: “São dados oficiais do governo do estado, nem são dados da prefeitura”.

São Paulo saiu do 7º lugar em ranking internacional de pior trânsito do mundo para o 58º.

“Fizemos 400 quilômetros de faixas e corredores de ônibus (…) Todo mundo ganhou um pouco em São Paulo”, disse Haddad sobre o tempo no trânsito.

Mais educação

Haddad foi questionado por uma eleitora convidada sobre o número de crianças em sala de aula nas escolas municipais. Respondeu que, pela primeira vez na história da cidade, foi criado um Plano Municipal de Educação que, entre outros aspectos, prevê redução de alunos por sala da aula, em implementação. “Vamos cumprir rigorosamente este passo”.

O prefeito reforçou que foram construídas criadas 100 mil novas vagas em creches – esta era uma das principais demandas de São Paulo no início de 2013 – e que encerrou a aprovação automática. É meta do Plano Municipal zerar a fila de crianças em creches nos próximos dez anos.

Programa De Braços Abertos

Segundo relatório divulgado em junho de 2016, 65% dos 467 beneficiários (36% de mulheres e 64% de homens) do programa diminuíram o uso de crack na região da Luz.

Lançado em janeiro de 2014, o De Braços Abertos oferece um quarto de hotel, três refeições diárias e trabalho de varrição de vias para usuários de crack. São pagos R$ 15 por dia trabalhado aos dependentes químicos da região conhecida como Cracolândia.

A ideia central do programa não é exigir abstinência dos usuários, mas dar alternativas, como o trabalho e o lazer, para que os usuários se ressocializem e, consequentemente, diminuam o uso das drogas.

Mais acesso à saúde

O candidato João Doria (PSDB) insistiu em criticar a saúde municipal. Haddad explicou que, desde 2013, foram feitos 26 Hospitais Dia, da Rede Hora Certa, que reduziram a fila de espera para exames e cirurgias. Disse ainda que, na saúde, todas os compromissos assumidos, na saúde, em 2012, não somente foram cumpridos, como alguns foram superados.

Até o final de 2016, estarão prontos 33 Hospitais Dia. Na proposta de governo, por exemplo, Haddad prometia 32 e entregará 33.

Haddad destacou que, até o final de 2016, a prefeitura vai entregar 3 hospitais – um deles, o Hospital Vila Santa Catarina está em operação desde dezembro de 2015, no Jabaquara, em parceria com o Albert Einstein. Os outros 2 hospitais em construção são em Parelheiros e na Brasilândia.

Ao responder Doria, lamentou que o candidato oposicionista não conheça São Paulo, embora queira ser prefeito. “Se você quiser, eu te levo lá, Doria”, disse Haddad sobre o Hospital Vila Santa Catarina.

Ele lembrou ainda que, na semana passada, ele havia afirmado que acabará com 6 secretarias – mas não se atentou para o fato de que 3 delas não existem. No debate, ao responder uma das perguntas, Doria chegou a dizer que “mulheres são minoria”.

Na saúde, a gestão se empenhou para reduzir o tempo de espera dos cidadãos, tanto na atenção básica como em exames de complexidade. No Hospital Dia, por exemplo, é possível fazer exame, consulta com especialistas e, eventualmente, a cirurgia eletiva, no mesmo local.

Geração de emprego e renda

A primeira pergunta foi sobre a geração de oportunidades em São Paulo. Haddad respondeu que sua gestão fez grandes obras viárias, citando como exemplo as avenidas Inajar de Souza, Estrada de Taipas, Belmira Marin, Estrada do Alvarenga, M’ Boi Mirim.

Não se tratam somente de obras que melhoraram mobilidade e saneamento básico, mas geraram empregos na cidade, reforçou o prefeito.

Lembrou que há também políticas específicas para os jovens – como o Programa Bolsa Trabalho – e que sua gestão concursos públicos em todas as áreas.

Haddad afirmou que tais iniciativas foram possíveis somente porque sua gestão equacionou as contas públicas do município.

Combate à corrupção

“Minha gestão foi a que mais combateu a corrupção”, afirmou Haddad. Com a criação da Controladoria Geral do Municipio (CGM), em 2013, foi possível promover a transparência na gestão e investigar casos de corrupção.

Foi na gestão Haddad que foi desmantelada a Máfia do ISS, por exemplo. Durante quase uma década, auditores fiscais cobraram propina de empresas do setor imobiliário para que recolhessem valores menores do que realmente deviam de Imposto Sobre Serviços (ISS)/Habite-se, e ainda desviaram parte desse imposto. A máfia resultou em desvio de pelo menos R$ 500 milhões das contas públicas de São Paulo.

Comandado por servidores ligados à Secretaria de Finanças, o caso ficou conhecido como a Máfia do ISS. O grupo foi revelado após uma investigação conduzida pela CGM.

Da Redação da Agência PT de Notícias